quarta-feira, 10 de agosto de 2022


CHALANA

Fernando Chalana foi um dos meus ídolos da juventude. Lembro-me quando se estreou de águia ao peito deambulando pelo corredor esquerdo sendo bastante difícil travá-lo nas suas diatribes pelo relvado. Foi um extraordinário jogador e um génio da bola. Até sempre Fernando, o pequeno gaulês, Astérix ou Chalanix.



Retirado da Inter

 

«Um dos grandes e eternos nomes da Mística do Sport Lisboa e Benfica, ingressou no Clube aos 15 anos e representou-o, primeiro como jogador, durante 13 épocas (1974-1984 e 1987-1990), e depois, durante largos anos, como elemento técnico ligado ao futebol. Natural do Barreiro, onde nasceu no dia 10 de fevereiro de 1959, Fernando Chalana vestiu oficialmente o Manto Sagrado pela primeira vez no dia 7 de março de 1976, com apenas 17 anos e 25 dias. Até àquela data, nunca ninguém tão jovem havia atuado na 1.ª Divisão portuguesa», lê-se no site do Benfica.


Formado no Barreirense, Chalana, 37 vezes internacional por Portugal, chegou ao Benfica em 1974/1775, mudou-se para o Bordéus (em 1984/1985), onde esteve três anos antes de regressar ao Benfica (de 1997 a 1990), seguiu-se o Belenenses (1990/1991) e terminou a carreira no Estrela da Amadora (1991/1992). Após terminar a carreira, ainda esteve ligado ao Benfica durante vários anos, primeiro como treinador das camadas jovens e depois como adjunto de vários treinadores na equipa sénior.

Publicação do jornal "A Bola




domingo, 7 de agosto de 2022

sábado, 6 de agosto de 2022


L'AMOUR 


« Je comprends ici ce qu'on appelle gloire : le droit d'aimer sans mesure. Il n'y a qu'un seul amour dans ce monde. Etreindre un corps de femme, c'est aussi retenir contre soi cette joie étrange qui descend du ciel vers la mer. »

Les Noces  -  Albert Camus 

sexta-feira, 5 de agosto de 2022


JÔ - 1938-2022

Deixou-me hoje o Gordo mais divertido da minha vida... Hoje mudou de palco. Até um dia destes meu Gordo.


Retirado da Internet 

João Andarilho 



A VERDADE SONEGADA


Uma das lições mais tristes da história é a seguinte: se formos enganados durante muito tempo, temos tendência a rejeitar qualquer tipo de fraude. Deixamos de estar interessados em descobrir a verdade. A fraude apanhou-nos. É demasiado doloroso reconhecer, nem que seja para nós mesmos, que fomos enganados. Uma vez que damos a um charlatão poder sobre nós mesmos, quase nunca o recuperamos.

Carl Sagan do livro " O Mundo Infestado de Demónios" 



quinta-feira, 4 de agosto de 2022

PO-RRA-DA

Vivemos nós na antecâmara do fim da nossa existência? Digladiam-se na cena planetária vários actores disputando uma nova ordem mundial, deixando-nos reféns das suas birras e travessuras. O recreio está ao rubro e o senhor contínuo dormiu mal

João Andarilho 



À MORTE NÃO SE TIRAM RETRATOS


"O físico nuclear Frederico Carvalho explicou ao público presente no Espaço 25, ali à Rua Adelino Veiga, o que seria de nós se uma pequena bomba nuclear (dita tática) explodisse sobre Coimbra. O aço do engenho nem precisaria de tocar o chão. A “boa” notícia é a de que, detonada a 800 metros de altitude, a bomba livrar-nos-ia de qualquer tipo de sofrimento, envolvendo-nos numa bola de fogo, evaporados os corpos e os muros, as árvores e os bichos. Coimbra regressaria, num breve segundo, ao contorno nu da terra desabitada que já foi o seu - há muitos milhões de anos - e o Mondego correria para os céus no corpo incandescente do imenso cogumelo nuclear que se levantasse.
Calhasse o vento soprar de sul, suavemente, e a nuvem radioativa chegaria a Pontevedra, na Galiza, tocando de morte a prazo as vidas em que pousasse. Humanos, animais e vegetais padeceriam dos males provocados pelas invisíveis poeiras de plutónio. Mas nós não. Coimbra viria a ser a reencarnação das Hiroshima e Nagasaki sepultadas a céu aberto, nem sequer habitada por desgraçados iguais aos mortos-andantes que as produções hollywoodescas gostam tanto de exibir.
Desde há cinco meses que os telejornais desfiam notícias como quem apresenta uma competição, com o entusiasmo que os miúdos revelavam nos recreios de escola sempre que soava o aviso de “po-rra-da-po-rra-da”. Punham-se em círculo à volta dos contendores - quem a favor de um, quem a torcer pelo outro - até que viesse o senhor contínuo pôr termo ao macabro divertimento.
Guardadas as devidas proporções é nisso que estamos: a Rússia e os EUA pegaram-se de razões no recreio da Ucrânia, e o que se ouve por cá é o grito de “po-rra-da-po-rra-da”. A animação é grande, como grande é o desacordo acerca de quem deu o primeiro empurrão, atirou o primeiro palavrão, desferiu o primeiro soco. Deixarei essa discussão para os adeptos e para os especialistas militares. O meu problema é o de não descortinar, até agora, a silhueta do senhor contínuo. E nem sequer me apazigua o facto de estarem a ser usadas – e aparentemente longe - armas que não são aquelas que se disfarçam no vento. Ainda.
No entanto, as armas herdeiras de Hiroshima e Nagasaki encontram-se, agora mesmo, em estado de prontidão. E já não são as apenas duas que transformaram o horror em montra da supremacia militar. São agora cerca de 13 mil (aproximadamente 12 mil entre a Rússia e os EUA) as ogivas nucleares prontas a usar na eliminação da Humanidade, distribuídas pelos nove países do mundo que estão capazes de decidir o dia em que a História se conclui. E o senhor contínuo sem aparecer! Em vez dele, ouve-se o ruído desvairado de comentadores a soldo em trabalho de convencimento, prometendo-nos que o rufia da nossa predileção está quase-quase a acabar com a “po-rra-da” em curso, enfardando num sopapo uma turma inteira se preciso for.
Não é o que se vê. Alimentado como está a ser, servindo os interesses que está a servir, o fogo da guerra convencional ameaça tornar-se insuficiente se chegarem a faltar os homens e as mulheres que alimentem as bocas famintas dos canhões, das metralhadoras, dos M142 HIMARS e dos BM-30 Smerch. Que sejamos então nós, os que não têm lado preferido nem se contentam com o papel de espetador, a exigir que se ponha termo a esta guerra enquanto é tempo. Só a paz nos serve porque – estejamos cientes – se a guerra na Europa subir de patamar, o que ficar da Humanidade não será suficiente para justificar o retrato nas glamourosas páginas da Vogue."

|N'As Beiras|

Manuel Rocha

Extraído do Facebook 


quarta-feira, 3 de agosto de 2022


LES UNS ET LES AUTRES... 



Autor: Henri Cartier Bresson

 Gerações tão distantes e tão próximas uma da outra. Que foto tão cheia de significado que qualquer observação é a mais... Por isso me vou.

João Andarilho 


segunda-feira, 1 de agosto de 2022


DEBUT


Créditos do autor

Primeiro dia oficial de férias primeiro dia sem rotinas definidas. Os minutos vão passando e por casa passa o homónimo João convidando para irmos de conversa por aí e por acoli, ao acaso e à bolina da conversa. Conversador por natureza e eu, mais receptor por maneira de ser, fomo-nos pelos arrabaldes da vila, por esses casais à volta do concelho. Ocasião proporcionada, também, de relembrarmos objectos de antanhos que nos projectaram para memórias da juventude, para memórias da meninice, num atelier de conservação onde o Sr. Jorge se encarrega de dar nova vida a todo um mundo de artefactos que pertenceram a uma multiplicidade de antigas existências. De garrafas na mão, geladas como é regra, continuámos a deambular pelas nossas vidas, pelas vidas dos outros (longe de qualquer tipo de quadrilhice coisa que não nos apraz) e fomos prazenteiros gastando a manhã, também ao som da ANTENA3. Agora é mesmo tempo de almoçar ao sabor de boa música, seja a Rita Vian, os Happy Mess, ou os Dapunksportif. Entra-me bem narinas adentro, o cheirinho que vem da cozinha... 


Créditos do autor 

João Andarilho 






  SÃO JOÃO   "23.6 À meia noite de hoje (ontem) acendem-se os fogos. A multidão reúne-se em redor das altas fogueiras. Nesta noite limp...