quarta-feira, 21 de novembro de 2018


Os Canais da Discórdia




O Estreito de Malaca é um importante ponto de estrangulamento ("choke point", ponto de asfixia, na terminologia militar americana) que permite o sufoco da economia asiática e da economia chinesa em particular no caso dos barcos deste país serem proibidos de o atravessar. O canal é fortemente guardado por forças norte-americanas e seu aliados ingleses e australianos. Singapura, sede do poder militar americano, é o país da região que mais beneficia com esta situação, através da oferta de produtos portuários.
Uma alternativa ao estreito seria a construção de um canal no istmo de Kra, território tailandês. O canal libertaria os países asiáticos da ameaça constante de asfixia e pouparia nos custos de transporte de mercadorias, nomeadamente no custo de energia, tornando esses países ainda mais competitivos na economia global.
Temendo, através da desvalorização da sua posição estratégica de controlo do estreito, perder o seu poderio na região, os norte-americanos têm vindo a colocar obstáculos de toda a ordem à construção do canal por chineses e tailandeses.
A implementação de grupos terroristas islâmicos, fortemente armados, reivindicando a independência da região tailandesa do Pattami, tem sido interpretada como uma forma de pressão sobre o regime de Bangkok para que não avance com a construção do canal.

Fonte: Jorge Fonseca de Almeida - para "O lado Oculto"

Somos autênticos joguetes nas mãos das grandes negociatas estratégicas dos imperialismos deste mundo. "No pasa nada"

  João Andarilho

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