sábado, 9 de fevereiro de 2019



A BACTÉRIA 


Somos prisioneiros de um poder global, imperial , que se espalhou pelo globo como uma super bactéria. Suga- nos até ao tutano, até à exaustão, espreme a nossa força de trabalho, trabalho escravo, por isso mal remunerado, sempre buscando o lucro máximo com o mínimo de dispêndio para o conseguir. A isto se chama capitalismo ultra-liberal. Menos direitos, mais facilidade nos despedimentos, maior mobilidade para conseguirem permanentemente força de trabalho à mão, com poucos direitos e sempre menor salário, maior pressão sobre o trabalhador, mais horas de trabalho pelo mesmo salário, mais desregulação nas leis do trabalho, subterfúgios para aumentar a idade da reforma. Está doente a nossa sociedade. Há um retrocesso civilizacional desde o fim da segunda guerra mundial onde foram conquistados direitos que se julgavam permanentes. Direito a um emprego para a vida com uma digna remuneração. Um bom serviço de protecção social e expectativa de uma reforma segura e final de vida com dignidade e respeito. 



Por outro lado as pessoas, como consequência do controlo da comunicação social pelo mesmo sistema, que acaba assim por promover e aquilosar a informação de uma forma nada democrática, em que a censura é explícita e  a falta de democracia é gritante, priviligiando-se um pensamento e excluindo-se outros, as pessoas, dizia, acabam tendencialmente por escolher as opções políticas que se lhes apresentam, como se não houvesse alternativas, que existem, mas cuja visibilidade é coartada e sabotada a sua mensagem política subjacente.
É um problema que a sociedade terá que resolver, a bem ou a mal, porque o sofrimento e a depressão, o mal estar que resulta desta situação de uns viverem pornograficamente à custa do trabalho e sacrificio dos outros, acabam por levar à ira e ao levantamento das consciências das massas. É isto que o capitalismo teme mas não haverá volta a dar.

João Proletário 


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