quinta-feira, 28 de março de 2019



ALAMEDA DAS LINHAS DE TORRES


A Alameda das Linhas de Torres é uma artéria da cidade de Lisboa, que vai do Campo Grande à Estrada da Torre e deu à luz pelo Edital Municipal de 07-08-1911, na artéria que era, então, a Alameda do Lumiar e em evocação às Linhas de Torres Vedras e homenagem aos combatentes que nelas participaram.

Linhas estas que constituíram muralhas defensivas destinadas a impedir a invasão da capital pelas tropas de Napoleão no século XIX.

Ao passar-se pela dita artéria e no seu início existem alguns edifícios que fazem sonhar outras épocas, saltando à vista o aspecto apalacetado característico do século XIX, início do século XX, de algumas delas.










É o caso do Vila Sousa, palacete Arte Nova, prémio Valmor de 1912, em ruínas desde que o conheço, da autoria do arquitecto Norte Júnior. A fachada está decorada com riquíssimos pormenores decorativos que se mantém bastante conservados e é um deleite para quem a observa.
Não consigo compreender e muito menos nesta caso particular, como é possível tal palacete continuar em ruínas dado o seu valor arquitectónico e cultural? Dá para entender?













Do outro lado da rua, no nº 45, existe um pequeno edifício que alberga, ou albergava a Academia Musical Joaquim Xavier Pinheiro, centenária ao que julgo saber e que se torna singular por ser um edifício pequeno quase engolido pelas dimensões das edificações vizinhas.







Cinquenta metros mais à frente e junto ao Magriço, encontramos uma pequena estatueta em homenagem a Francisco Stromp, fundador do Sporting Clube de Portugal e seu atleta. 







Junto à rua com o seu nome, encontra-se afixado um painel gigantesco onde está figurado, na enorme fachada de um edifício.








Esta zona da cidade e particularmente a sua Alameda das Linhas de Torres, em tempos idos arrabalde e somente Alameda do Lumiar, constituíam quintas para onde iam passear e morar gentes abastadas da nossa cidade «por ser o ar puro e bom.»

Todos os dias tropeçamos em estórias e na história das nossas cidades e do nosso país. Paremos um pouco, observemos e olhemos o quotidiano com olhos de ver. 

Boas andanças.

João Andarilho

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