COLONIZAÇÃO ESPANHOLA DA AMÉRICA DO SUL
A colonização espanhola na América do Sul foi brutal, sanguinária, esclavagista e predatória das riquezas naturais desse continente. Para além de vastas regiões onde a natureza foi destruída e tornada estéril pela introdução da mocultura e cultivo de espécies predatórias, os espanhóis promoveram a escravatura, nomeadamente dos indígenas que eram tratados como autênticos animais pelos espanhóis, colonos e particularmente pelos missionários que de cristianismo nada tinham.
Além do mais foi implementada uma segregação da população local dividida entre crioulos ricos e os indígenas escravos sem direitos.
Todo o continente sul americano colonizado pela coroa espanhola era governado com mão de ferro, onde as riquezas eram exploradas até à exaustão em proveito da metrópole, deixando exauridas as antes férteis planícies e planaltos de terras férteis e florestas, bem como as minas. Províncias inteiras foram transformadas em desertos, levando à destruição deste vasto continente pelos seus conquistadores.
As colónias espanholas estavam divididas em quatro vice-reinos e albergavam 17 milhões de pessoas. Para se ter uma ideia da dimensão destas possessões, havia o vice-reino Nova Espanha, que incluía o México, partes da Califórnia e da América Central, enquanto o Vice-Reino da Nova Granada se espalhava pela zona norte da América do sul, cobrindo sensivelmente os actuais Panamá, Equador e Colômbia, bem como partes do noroeste brasileiro e a Costa Rica. Mais para sul, situava-se o Vice-Reino do Peru bem como o Vice-Reino do Rio da La Plata, com Buenos Aires como sua capital, abrangendo partes do que é actualmente a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. Havia também as capitanias-gerais como as da Venezuela, Chile e Cuba. Era um vasto império que alimentou a economia da coroa espanhola durante cerca de três séculos.
Além do mais foi implementada uma segregação da população local dividida entre crioulos ricos e os indígenas escravos sem direitos.
Todo o continente sul americano colonizado pela coroa espanhola era governado com mão de ferro, onde as riquezas eram exploradas até à exaustão em proveito da metrópole, deixando exauridas as antes férteis planícies e planaltos de terras férteis e florestas, bem como as minas. Províncias inteiras foram transformadas em desertos, levando à destruição deste vasto continente pelos seus conquistadores.
As colónias espanholas estavam divididas em quatro vice-reinos e albergavam 17 milhões de pessoas. Para se ter uma ideia da dimensão destas possessões, havia o vice-reino Nova Espanha, que incluía o México, partes da Califórnia e da América Central, enquanto o Vice-Reino da Nova Granada se espalhava pela zona norte da América do sul, cobrindo sensivelmente os actuais Panamá, Equador e Colômbia, bem como partes do noroeste brasileiro e a Costa Rica. Mais para sul, situava-se o Vice-Reino do Peru bem como o Vice-Reino do Rio da La Plata, com Buenos Aires como sua capital, abrangendo partes do que é actualmente a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. Havia também as capitanias-gerais como as da Venezuela, Chile e Cuba. Era um vasto império que alimentou a economia da coroa espanhola durante cerca de três séculos.
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SIMÓN BOLÍVAR
Com as guerras napoleónicas a afectarem o continente europeu e particularmente com a invasão de Espanha pelo exército francês e a deposição do Rei Fernando VII em favor do próprio irmão do Imperador Napoleão Bonaparte, a Espanha encontrava-se numa situação de grande fragilidade o que veio a afectar as suas colónias da América do Sul.
Disso se veio a aproveitar um jovem crioulo filho de crioulos ricos imbuído de um espírito extremamente crítico em relação à colonização espanhola, de nome Simón Bolívar.
Simón Bolívar, regressado da Europa, nomeadamente de Paris onde conviveu com a elite das ciências, esclarecida e particularmente com o renomado cientista, explorador e profundo conhecedor dos povos, da geografia, da agricultura das colónias da América latina, Alexander Von Humboldt e esclarecido que estava sobre a opressão dos povos sul americanos pelos espanhóis, decidiu pegar em armas e lutar pela independência de todo o vasto território continental sob o domínio castelhano.
Tinha um temperamento difícil, ora acessível ora despótico, não se coibindo de promover uma guerra sem quartel contra os realistas e espanhóis, assassinando todos os espanhóis que se lhe atravessassem, incluindo mulheres e crianças. Era um déspota sanguinário. Todavia, foi derivado a esta aura de sanguinário, que conseguiu ocupar vasto território por abandono voluntário dos assustados exércitos espanhóis. Estes vastos territórios depois de libertados por Bolívar, foram, porém pasto de uma guerra civil entre os crioulos, catalogados de ricos e os indígenas arregimentados por colonos, consequência da profunda divisão rácica promovida pelo espanhóis ao longo dos séculos. Com vitórias e com derrotas, com avanços e recuos, a luta pela libertação dos povos sob domínio espanhol e a sua independência foi conseguida ao fim de muitos anos de luta. Bolívar ficou, assim eternizado em toda a américa latina como o grande revolucionário e visionista, cuja ambição era a libertação de todos os povos sob domínio espanhol na américa do sul.
ESTADOS UNIDOS
Contra esta ideia de independência e aglutinação num só país de todos os povos libertados do jugo espanhol, formando um poderoso e formidável concorrente, estavam os líderes dos Estados Unidos da América do Norte, jovem nação, recentemente saída da sua guerra civil, nomeadamente o presidente Jefferson e os seus sucessores. Não deixa de ser curiosa a acção desta potência imperialista ao longo dos séculos para com os povos da américa central e do sul, promovendo guerras civis, depondo e impondo presidentes e regimes a seu belo prazer e de acordo com os seus interesses. Hoje em dia esta política continua como é o caso da recente tentativa de ingerência num país soberano, a República Bolivariana da Venezuela e país natal de Bolívar, riquíssimo, com as maiores reservas de petróleo do planeta, cuja controle está a escapar ao chamado império do mal.
Se virmos bem, a actualidade política, social e militar que norteiam as nossas sociedades, tudo tem a ver com o que herdámos de conflitos e geo-política ao longo dos séculos. Tudo está interligado. Só não sabemos como é que vai terminar.
Acreditando na reencarnação estou esperançoso que na próxima vinda a este mundo, a existência de déspotas, desigualdades, guerras e quejandos, seja uma reminiscência longínqua e esquecida.
Insha´Allah
João profeta
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