GARCIA DE ORTA
Garcia de Orta, nasceu em Castelo de Vide no distrito de Portalegre, em 1531. De ascendência judia, bacharelou-se em Artes e licenciou-se em Medicina e Filosofia Natural em Espanha, país de onde tinham sido expulsos os seus pais em 1492.
Regressado a Portugal exerceu medicina tendo sido médico do Rei D. João III.
Foi-lhe atribuído o lugar de professor de Filosofia Natural na Universidade de Lisboa, onde tinha uma grande paixão pelo conhecimento, dando grande importância à observação e aos sentidos para a realização de descobertas.
Emigrou para a Índia e em Goa familiarizou-se com a literatura médica da Índia e com a grande variedade de plantas, animais e resinas utilizadas para o tratamento de doentes. Em Goa, curiosamente chegou a conhecer o até aí desconhecido poeta, Luís de Camões, que lhe terá dedicado alguns dos seus poemas.
Da sua paixão pela natureza resultou a criação de um jardim botânico em Bombaim. Para conhecimento da humanidade deixou-nos a obra "Colóquios dos Simples e Drogas he cousas Medicinais da Índia" que incidia no estudo de espécies de plantas da Índia e as suas aplicações na Medicina.
Apesar de nunca ter tido problemas com a Santíssima Inquisição, após a morte os seus restos mortais, juntamente com exemplares do seu livro, foram queimados em Auto de Fé.
Actualmente existe um hospital em Almada com o seu nome bem como uma escola secundária no Porto.
E um jardim
JARDIM GARCIA d´HORTA
Que nasceu na zona oriental de Lisboa na sequência da realização da EXPO 98 e integrado para sempre no actual Parque das Nações, para gáudio do passeante na zona. Para quem aprecia a natureza tem a oportunidade de observar, ao longo do grande corredor que constitui o jardim e que está dividido em 5 talhões, vegetação da floresta temperada de Macau e ilha de Coloana, vegetação de Goa com citrinos e palmeiras, passando pela floresta tropical e húmida de São Tomé e Príncipe (bananeiras, palmeiras, estrelícias gigantes e jacarandás), flora da macronésia que inclui os arquipélagos da Madeira dos Açores e de Cabo-Verde e, finalmente, as planícies da Costa Oriental de África, a savana alta e a estepe desértica a sul desse continente.
É deslumbrante este passeio ao longo dos vários climas e o chilrear da passarada é uma bela sinfonia de sonoridades. De negativo posso apontar a música que sai da longa fileira de bares e restaurantes, que está em completa desarmonia com o ambiente tropical.
Ao lado deste corredor podemos apreciar também, toda a linha de água que constitui o Tejo, a ponte Vasco da Gama e do outro lado da margem, Montijo e Alcochete.
Ao lado deste corredor podemos apreciar também, toda a linha de água que constitui o Tejo, a ponte Vasco da Gama e do outro lado da margem, Montijo e Alcochete.
Um belo passeio, embora fugaz, mas que deu para ajudar à digestão da rápida refeição do almoço.
João Attenborough
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