LAUDA
Lembro-me das imagens do acidente de Niki Lauda na Alemanha. Vi em directo. Teria para aí uns 14 anos ou 15. Na altura era um apaixonado pela F1, quando havia serviço público de televisão e as transmissões eram em sinal aberto. Outros tempos, outras vontades. Fiquei chocado com o fogo desenfreado e não havia maneira de tirar o piloto de dentro do cokpit do bólide. Era uma corrida contra o tempo... finalmente alguns colegas conseguiram o impossível. Foi um alívio. Começava o seu grande-prémio contra a morte e só havia um desfecho: a vitória, a vida. Um mês e meio depois e depois de ter sido declarado morto, regressou às pistas e só não ganhou o título por um ponto e porque não arriscou a vida no último grande-prémio da temporada disputado sob um grande vendaval, quando só precisava de ficar à frente de James Hunt. Desistiu logo na primeira volta e Hunt sagrou-se campeão.
Lauda foi tri-campeão, dois pela Ferrari e o último pela McLaren, já depois do quase fatídico acidente que o marcou para o resto da vida.
Aos 70 anos, passou-se, pacificamente com aquela humildade que é característica dos grandes.
João Lauda
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