domingo, 3 de maio de 2020



SUSTENTABILIDADE

          A predação da natureza em razão da ganância e do lucro desde há 200 anos teve e tem, como consequência, alterações climáticas do planeta e o advento de catástrofes ambientais precursoras da extinção maciça da vida de milhões de espécies, inclusivé a nossa.
         A actual pandemia provocada pelo aparecimento de um vírus para o qual não há contra-resposta imediata dos laboratórios científicos, tem a ver com a mudança climática e, também, à deslocação de populações para zonas confinadas com outras espécies animais, que potenciaram a contaminação de vírus entre espécies.
    Esta pandemia oferece-nos uma oportunidade para alteramos o padrão de vida que até agora conduzíamos. Penso que o tempo da globalização chegou ao fim. Estamos na altura de mudarmos de paradigma e apostarmos na localização, de apostarmos nos serviços e na economia em pequena escala e na cooperação. Entidades supranacionais como a UE, NATO e por outro lado grandes multinacionais e grupos económicos que desenvolvem os seus negócios à custa do sacrifício ambiental promovendo o declínio rápido dos recursos naturais, como é o caso da OPEP e da exploração dos recursos fósseis do planeta, tem que ter o seu fim. É tempo de os governos agirem, mas também penso que os governos por si próprios não vão agir na necessária mudança se não houver pressão dos povos. Porque, apesar da necessidade da mudança, ela tem um obstáculo formidável que é precisamente o poder dessas organizações que exploram os recursos do planeta em benefício próprio. Todavia, julgo que será mais forte a mobilização das populações e das organizações ambientalistas e esse deverá ser o caminho. Um novo pensamento direccionado para o ser humano e para a coabitação sustentável do nosso planeta é, também, a solução e o caminho.
       Nada será como antes para bem da humanidade e da espécie humana, assim esperemos.

João Andarilho

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