"CAMÕES CHORA POR SARAMAGO"
Saramago foi Saramago porque o Sr. funcionário do Registo Civil da Golegã, por altura do seu registo, se ter equivocado e, em vez do apelido familiar, lhe ter atribuído a alcunha familiar! Aliás, esta alcunha porque eram conhecidos os Saramago tem a ver com a herbácea expontânea cujas folhas eram usadas como alimento pelas pessoas de condição humilde na região onde nasceu.
Muito penou o nosso Nobel até atingir este estatuto. Para garantia do seu sustento, exerceu a profissão de serralheiro mecânico, numa oficina de reparação de automóveis e chegou a ser tradutor. Curiosamente e em contraste com sua obra, só muito tarde, por volta dos 47 anos de idade, viajou pela primeira vez (Paris foi o destino).
Exilado em Lanzarote por opção, ali viveu até à sua morte com a sua companheira Pilar Del Rio. Como companhia tinha três cães: Pepe, Greta e Camões e este último assim chamado porque apareceu na altura em que foi declarado vencedor do Prémio Camões em 1995. Aliás, sobre isso, Pilar recorda: “E assim, pelo menos em Lanzarote, Camões foi mencionado centenas de vezes por dia, foi vida e foi homenagem.”
Por altura da sua morte um amigo do casal dedicou-lhe uma coluna jornalística intitulada "CAMÕES CHORA POR SARAMAGO".
Chorou Camões, chorou Pessoa, chorou e chora a Pátria, a Língua Portuguesa!
Fonte: blogue Somos Livros
João Andarilho
Sem comentários:
Enviar um comentário