sábado, 20 de junho de 2020






"CAMÕES CHORA POR SARAMAGO"


             Saramago foi Saramago porque o Sr. funcionário do Registo Civil da Golegã, por altura do seu registo, se ter equivocado e, em vez do apelido familiar, lhe ter atribuído a alcunha familiar! Aliás, esta alcunha porque eram conhecidos os Saramago tem a ver com a herbácea expontânea cujas folhas eram usadas como alimento pelas pessoas de condição humilde na região onde nasceu.
Muito penou o nosso Nobel até atingir este estatuto. Para garantia do seu sustento, exerceu a profissão de serralheiro mecânico, numa oficina de reparação de automóveis e chegou a ser tradutor. Curiosamente e em contraste com sua obra, só muito tarde, por volta dos 47 anos de idade, viajou pela primeira vez (Paris foi o destino). 
             Exilado em Lanzarote por opção, ali viveu até à sua morte com a sua companheira Pilar Del Rio.   Como companhia tinha três cães: Pepe, Greta e Camões e este último assim chamado porque apareceu na altura em que foi declarado vencedor do Prémio Camões em 1995. Aliás, sobre isso, Pilar recorda: “E assim, pelo menos em Lanzarote, Camões foi mencionado centenas de vezes por dia, foi vida e foi homenagem.” 
               Por altura da sua morte um amigo do casal dedicou-lhe uma coluna jornalística intitulada "CAMÕES CHORA POR SARAMAGO".

Chorou Camões, chorou Pessoa, chorou e chora a Pátria, a Língua Portuguesa!

Fonte: blogue Somos Livros

João Andarilho

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