LER NÃO OCUPA ESPAÇO
Mesmo quando as liberdades estão restringidas e a opressão faz lei, quando a cultura é vigiada e o medo é a palavra, o espírito humano e o pensamento são livres, a imaginação brilha e o sonho ganha asas.
Na época das ditaduras fascistas da península, era ponto de encontro obrigatório para muitos daqueles que davam o salto e chegavam a Paris, La Librairie Joie de Lire, localizada na Rue Saint-Séverin, 40, no coração do Quartier Latin .
Extraído do site À Plus D´un Titre (Fotografias do filme de Chris Marker "As Palavras têm um significado") |
Ponto de encontro dos opositores da guerra da Argélia, era um espaço de edição de livros e revistas proibidos. Ao lado de um rico acervo de literatura, poesia e arte, ciências humanas e documentação política, uma das suas originalidades consistia em expor nas suas estantes todo o espectro das esperanças e teorias revolucionárias da época.
Extraído do site À Plus D´un Titre (Fotografias do filme de Chris Marker "As Palavras têm um significado") |
Podia encontrar-se tudo o que era literatura proibida nas duas ditaduras nas estantes à disposição do público. Porém, havias umas especiais onde os exilados políticos que produziam literatura política deixavam os seus livros e publicações nas suas línguas originais.
Livraria eclética, expunha materiais de grupos revolucionários maoístas, trotsquistas, comunistas, situacionistas, anarquistas, numa convivência no mínimo original. Há quem diga, em mais uma das originalidades do regime salazarento, ser habitual ver à entrada da livraria, um pide com a pretensão de identificar os portugueses que ali iam sorver um pouco de conhecimento e usufruir da liberdade de o poderem fazer.
Extraído do site À Plus D´un Titre (Fotografias do filme de Chris Marker "As Palavras têm um significado")
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