A MORNING GIFT
A Morning Gift
A brisa acaricia-te o ondular do cabelo. Sobes o trilho e deixas-te ir ao sabor do coaxar no riacho que o ladeia.
Perdes-te e deixas-te abandonar. No fundo rencontras-te com a tua essência. Revisitas-te, introspecionas e deixas perguntas no ar.
Entre Carvalhos, Sobreiros e Azinheiras, papoilas e madressilvas toda uma palete de tons, sons e cores. Anda Matisse no ar.
O pintarroxo e o rouxinol saúdam e interrogas-te: serei merecedor desta mercê? Que fizeste para desmerecer tudo o que a natureza te oferece?
No Outono da tua existência dás-te conta que a vida é curta e do quanto não viveste. Aliás, não viveste e já não estás a tempo de minimamente a viveres.
João Andarilho
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