terça-feira, 4 de janeiro de 2022

 


MMXXII

Começou, ainda gatinha mas já são visíveis as teias em que o nubente se vai enredar. Não há volta a dar: por mais que se tente a sensação é de impotência. Cercado de porcaria pelos olhos, pela boca e por todos os orifícios expostos, não se augura um ano fácil para este pequenito. Venha o próximo.

Entretanto, brindemos o mais que pudermos o melhor que pudermos. Pelo menos, desta forma, mantemos a sensação de permanecermos vivos.

João Andarilho

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