domingo, 1 de dezembro de 2024

 

TEA 


O consumo per capita de café no nosso país é muito superior ao valor per capita do consumo de chá. Isto apesar de termos tido uma colónia grande produtora de chá 🫖, como ainda é Moçambique. Todavia, já fomos bastante consumidores de chá em tempos idos, tanto que foi uma portuguesa, que se tornou rainha de Inglaterra, que introduziu na corte esta erva, muito apreciada e que se tornou a bebida por excelência dos seus cidadãos, excepto nos estádios de futebol.

TEA, assim se passou a chamar aquilo que por cá se designa e bem, por chá. A novidade chegou a Inglaterra e os beefs tinham que dar um nome à bebida. Não foi necessário dar muita volta à mioleira, porque o baptismo surgiu naturalmente mas num contexto paradoxal. Quando os nossos navios carregados de chá eram albaroados e saqueados pelos piratas ao serviço dos ingleses, os sacos que transportavam o nosso chá, não tinham propriamente a palavra, chá, escrita nos mesmos, antes Transporte de Ervas Aromáticas (TEA). Portanto, meus caros, a verdade é que os beefs não bebem chá. Os beefs bebem transporte de ervas aromáticas. Já eram asnos há centenas de anos.

João Andarilho 



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