Forte de Santa Luzia
Elvas tem dois fortes, o Forte de Santa Luzia e o Forte da Graça e quatro fortins, São Mamede, São Pedro, São Domingos e São Francisco (este destruído no século XIX).
Destas construções defensivas, visitei o primeiro forte, o de Santa Luzia. Tendo como fonte a brochura que me foi oferecida à entrada, é « Projectado em 1641, pelo General Matias de Albuquerque, primeiro e último conde de Alegrete, redesenhado mais tarde por Sebastião Frias que lhe dá o formato de polígono estrelado. Em 1642, o genovês Hieronimo Rozzeti fez novas alterações o que desagradou a Charles Lassart, engenheiro-mor do reino. Para colorir ainda mais o desenho, surge o arquitecto jesuíta flamengo, João Cosmander que aproxima o projecto do modelo militar holandês e é o mentor da muralha seiscentista da cidade, um polígono irregular de doze lados. O Forte de Santa Luzia é um dos melhores e mais genuínos exemplos da arte de fortificar europeia, um dos monumentos militares mais significativos deste período e mais uma obra prima da arquitectura militar de Elvas.
Composto por quatro baluartes com um reduto quadrangular ao centro, onde se encontram a casa do governador, a igreja, uma casa abobadada à prova de bomba, várias casernas e duas cisternas qua abasteceriam até quatrocentos homens durante dois a três meses. O forte só ficaria concluído em 1648.
O projecto tem ainda uma particularidade bastante engenhosa: a face virada para a vila foi construída com um material de fácil destruição para, em caso de ocupação inimiga, ser imediatamente deitada a abaixo.
No ano de 2000, o monumento passou a albergar o museu militar de Elvas, para além de apresentar vários artefactos que marcaram as várias guerras desta cidade-fortaleza.»
De facto, vale bem a pena visitar a fantástica e bela cidade de Elvas, seus fortes e fortins e compreender o seu valor histórico para a manutenção da soberania portuguesa.
Somos um povo que alcançou a sua independência e reafirmou ser uma só nação e um só povo, graças à sua bravura ao longo de mais de oitocentos anos. Dominámos o mundo e o conhecimento científico e militar em dada época e "demos novos mundos ao mundo".
VALENTES, NAÇÃO VALENTE!
João Cronista-mor
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