domingo, 23 de dezembro de 2018




MARC  LAMONT HILL

A CNN despediu um prestigiado comentador e colaborador por defender a existência de um Estado único e secular na Palestina, com direitos iguais para todos os grupos étnicos e crenças. O Professor Marc Lamont Hill defendera horas antes essa opção partindo do princípio de que a solução de dois Estados foi inviabilizada pela colonização israelita nos territórios palestinianos ocupados.

Muito seguida e considerada como exemplo de referência da qualidade informativa e da liberdade de expressão, a CNN despediu o académico depois de este ter feito uma intervenção perante a Comissão da ONU pelos Direitos Inalienáveis do Povo Palestiniano na qual qualificou como “falida” a “solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano”.
O Estado único e secular defendido por Marc Lamont Hill deveria permitir direitos iguais a todas as pessoas, israelitas ou palestinianas, que vivam na Palestina histórica, do Jordão ao Mediterrâneo.
Esta posição do seu colaborador foi qualificada como anti-semita pela CNN, que a interpretou como um apelo “à destruição de Israel”.
“Apoio a liberdade para os palestinianos e direitos iguais para israelitas e palestinianos; por isso sou profundamente crítico da política e da prática de Israel, que veda, de maneira brutal, a autodeterminação do povo palestiniano”, defendeu-se o comentador numa série de mensagens publicadas no Twitter. “A minha referência ‘do Jordão ao Mar Mediterrâneo’”, acrescentou, “não foi um apelo à destruição de qualquer coisa ou de alguém, como ficará claro a qualquer pessoa que tome conhecimento da minha intervenção. Não apoio o anti-semitismo, não defendo a morte de judeus nem qualquer outra coisa do género que me foi atribuída, limitei-me a defender direitos e liberdades iguais para israelitas e palestinianos. Passei a minha vida a lutar contra essas coisas de que me acusam e não vai ser a deturpação do conteúdo da minha intervenção que irá alterar o meu comportamento”.

Martha Ladesic, Nova York para “O lado Oculto”


Um autêntico atentado contra a liberdade de expressão que, além do mais, contribui para silenciar as vozes que denunciam as violações dos direitos humanos básicos na Palestina ocupada.
Esta atitude por parte do canal de televisão americano, vai no sentido de silenciar o sentimento do jornalista baseado em príncípios contra o racismo e pelo tratamento igualitário de todas as pessoas, incluindo os palestinos, demonstrando um comportamento vergonhoso e cobarde.

João Com Princípios



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