OS LEÕES DO MAR
1946, com a viagem inaugural do ANGRA DO HEROÍSMO, a frota de paquetes portugueses atingia os vinte e seis navios, a maior frota de sempre.
Era um orgulho para o país ter uma frota desta dimensão e com a qualidade e modernidade dos seus navios.
A CCN (Companhia Colonial de Navegação), possuía os três maiores paquetes: o INFANTE DON HENRIQUE, o SANTA MARIA e o VERA CRUZ, além destes possuía igualmente o PÁTRIA e o UÍGE. Todos faziam as carreiras de África com excepção do SANTA MARIA, qua fazia as carreiras da América Central.
A CNN (Companhia Nacional de Navegação), possuía o maior número de paquetes, com nove navios: o PRÍCIPE PERFEITO, que era o navio almirante, os gémeos ANGOLA e MOÇAMBIQUE, o NIASSA, os irmãos ÍNDIA e TIMOR, o QUANZA e os gémeos LÚRIO E ZAMBÉZIA. Todos eles faziam as carreiras de África e extremo oriente.
A EIN (Empresa Insulana de Navegação), fazia a carreira dos Açores e da Madeira e possuía seis navios: FUNCHAL, ANGRA DO HEROÍSMO, CARVALHO ARAÚJO, LIMA, PONTA DELADA e CEDROS.
A SG (Sociedade Geral de Comércio Indústria e Transportes), empresa do grupo CUF, detinha cinco paquetes: AMÉLIA DE MELLO, ALFREDO DA SILVA, ANA MAFALDA, RITA MARIA e MANUEL ALFREDO, utilizados nas carreiras de Angola (AMÉLIA DE MELLO), Cabo Verde e Guiné.
Havia sempre paquetes em Lisboa e, para além das linhas regulares e cruzeiros, os nossos navios de passageiros asseguravam o transporte de tropas e material de guerra para as colónias.
Actualmente, a frota de paquetes da nossa marinha mercante é constituída por zero navios! Mas a coisa poderá estar a mudar uma vez que se perspectiva num futuro breve, a constituição de uma companhia portuguesa de exploração de cruzeiros, com a aquisição de vários navios para esse fim. A ver vamos!
Mas que a antiga frota deixa saudades lá isso deixa.
João Marinheiro
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