quarta-feira, 19 de dezembro de 2018



QUANTAS VOGAIS TEM A LÍNGUA PORTUGUESA?

A nossa língua está em permanente evolução, fruto da forma de falar ao longo do tempo podendo levar  à alteração da sua grafia. Poderá, também, ser influenciada por idiomas estrangeiros. Temos o exemplo das letras "K", "W" e "Y", adicionadas ao nosso alfabeto.

Estas letras também têm de obedecer às regras gerais que caracterizam consoantes e vogais. A consoante é um fonema pronunciado com a interrupção do ar feita por dentes, língua ou lábios. A vogal é um fonema pronunciado com a passagem livre do ar pela boca. Outra distinção entre os dois grupos de letras recai sobre a pronúncia: a consoante precisa de uma vogal para formar sílabas e ser pronunciada e a vogal, não. Ela se basta.

Obedecendo a essas regras, o "Y" é uma vogal uma vez que foi traduzido do alfabeto grego como "I" e mantém esse som nas palavras em que é usado, como ioga. Quando aportuguesada, a palavra originalmente grafada  com "Y" passa a ser grafa com "I" - como em iene, moeda japonesa. O "K" corresponde, em português, ao som do "C" ou "Q" - como vemos em Kuwait - , sendo considerado consoante. Já o "W" deve ser empregado de acordo com a sua pronúncia na língua original, isto é, ora com som de "V", quando proveniente do alemão (como Wagner), ora com som de "U", quando de origem inglesa (caso de web). Sendo assim, a letra "W" é considerada consoante ou vogal, conforme o uso.

Será que se pode escrever a palavra Ferreira com "Y", ficando Ferreyra, ou Vasco, por Wasco, ou ainda Marília por Marylia?

A nossa língua, como outra qualquer, está em permanente evolução e ainda bem. Não são necessários acordos ortográficos à boleia de pressões estranhas ao seu desenvolvimento como está acontecendo.



Viva o Português!

João Linguísta



               

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