quarta-feira, 16 de janeiro de 2019




EMEL


Não é verdade que essa coisa não exista! O Wikipedia está desactualizado! Em Telheiras, local onde resido, a EMEL existe oficialmente desde o passado dia 14-01-2019.

Bem vinda EMEL ao bairro de Telheiras e dou três urras porque era preciso disciplinar o estacionamento caótico que se vivia no bairro, nomeadamente junto à estação do metropolitano!
Pasmo! Na rua onde resido e num beco transversal, de repente deixou de se estacionar em local proibido devidamente sinalizado! Moro há trinta e cinco anos nesta rua e é a primeira vez que vejo o arruamento em frente à minha janela, com duas vias de circulação completamente livres aumentando a segurança de quem ali circula de automóvel. Viva a EMEL, essa coisa!

Era preciso vir esta coisa para o meu bairro? Era! Era preciso ter sido criada esta coisa que dá pelo nome de EMEL ao tempo em que foi criada? Não, na minha opinião. Aparentemente contraditórias estas duas respostas tem a sua justificação:

A EMEL nunca foi necessária para regular o trânsito na cidade. Antes da EMEL regular o estacionamento em Lisboa, o estacionamento não era fácil mas arranjava-se. Havia abusos e infracções ao código da estrada, havia, como há hoje. O estacionamento está devidamente enquadrado na lei e em zona proibida é perfeitamente sancionado pelo CE. O que falta então? aplicar a lei, digo eu. Ora aí é que a porca torce o rabo. A autoridade policial está devidamente instruída para fazer olhos de mercador às infracções, ou por falta de meios ou porque dá chatices. O aparecimento da EMEL como justificação para o marasmo das autoridades policiais e militarizadas foi um passo! Ouro sobre azul! Criava-se uma empresa municipalizada sustentada pelo dinheiro dos munícipes. Que mina de ouro. Com um conselho de administração cujos membros são generosamente retribuídos. 

É um facto que à medida que a EMEL se expandia pelos bairros, os bairros limítrofes ainda não intervencionados eram alvo de um assalto de automóveis que procurava furtar-se ao pagamento das taxas proibitivas para o bolso dos cidadãos. Era o que acontecia em Telheiras até agora. Isto é feito paulatinamente ao longo dos anos de bairro para bairro, não havendo praticamente na cidade bairro que não tenha esta coisa. O mais incongruente e dramático de tudo isto é que a criação da odiosa EMEL, provocou um sentimento de necessidade da sua instalação nos bairros que passaram a servir de estacionamento selvagem à medida que avançava de bairro para bairro.


VIVA a EMEL!

João Parcómetro

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