terça-feira, 26 de março de 2019



JUGOSLÁVIA 


Fez Domingo 20 anos que a NATO começou a bombardear a Jugoslávia, um país soberano, a primeira vez que tal sucedia desde a II Guerra Mundial,  no continente europeu. 
Durante 78 dias, de 24 de Março a 7 de Junho, aviões da NATO, fizeram 38 mil incursões sobre a Jugoslávia tendo sido empregues mais de 23 mil bombas e mísseis, muitos deles equipados com urânio empobrecido, altamente cancerígeno.
Os ataques aéreos provocaram milhares de mortos entre os quais milhares de civis e dezenas de milhares de feridos, deixando o país em ruínas.
As radiações libertadas por essas bombas com urânio empobrecido provocaram e continuam a provocar um número indeterminado de vítimas mortais. Esta é a conta criminosa que nenhum dos implicados nos ataques aceita receber até hoje.
Tal substância poluiu o pais. Há até uma cidade na Sérvia,  Vranje, que tem uma rua que se chama a Rua da Morte. Depois de Hiroshima e Nagasaki, tornou-se a terceira cidade a ser atingida por armas nucleares.
Os responsáveis deste crime estão vivos mas nunca serão julgados. São eles os dirigentes da NATO, o presidente americano Clinton, o PM inglês Tony Blair e a Secretária de Estado americana, Madeleine Albright. 
Foi apresentada queixa contra esta agressão ainda durante o decurso da mesma junto do Tribunal Internacional de Justiça em Haia, porém foi liminarmente rejeitada. 
A impunidade favorece os criminosos como aconteceu na Líbia e no Iraque e hoje em dia e ainda esta noite na Palestina ocupada, concretamente na Faixa de Gaza. Os criminosos continuam o seu caminho sem que o mundo se oponha à barbárie e com isso constituir-se cúmplice em tais actos.
Tenho como certeza que não muito faltará para que esta escalada criminosa atinja proporções tais que a própria vida no planeta seja posta em causa.

Sobrevindo a morte ao menos que seja rápida. Até lá continuemos a assobiar para o lado e a discutir novelas e o pontapé na bola.

João Sereno

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