JUBILEU
Quando era imberbe e pouca consciência tinha das coisas da vida e apesar de, na actualidade, continuar imberbe e desconhecedor, pensava que Jubileu era uma marca de chocolates e até tinha razão. Também associava a palavra à sempre idosa Rainha de Inglaterra, porque, para mim, ela sempre foi bastante entradota na idade e sempre assim será. É uma palavra que associo facilmente a algo velho, desagradável e muito próximo com ritos religiosos, católicos, que mete papas e padres e batinas. Algo assustador e nada simpático. Por esta ordem de ideias vem-me logo à memória o facto de se chamarem jubilados aos senhores juízes que já não têm idade para andar a julgar pessoas ou decidir de coisas que dizem que são importantes na vida das pessoas. Por isso jubilam-se. Quanto a mim, dou-me por satisfeito por nunca ir ser jubilado (é um peso que me sai de cima), porque isso seria uma nódoa que me iria cobrir de pavor no resto da minha existência.
Prefiro então contentar-me com um bom quadrado de chocolate Jubileu que esse, sim, é doce e sempre muito rápido de degustar e acaba por, rapidamente, se jubilar nas minhas papilas gustativas que é um mimo.
João Cacau
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