TÂMARA ALVES
Já tinha apreciado alguns trabalhos desta artista lusa, nascida em Portimão e logo me chamou a atenção. Soube mais tarde que tinha pintado, recentemente, algures junto à Estação de comboios de Entrecampos em Lisboa. Debalde uma primeira tentativa fui feliz à segunda e logrei descobrir o espaço público onde algumas das suas obras estão expostas, para gáudio de quem passa, sejam pobres ou ricos, amarelos, brancos ou pretos, gente comum, gente do povo, uma maravilhosa galeria que vale a pena espreitar e olhar com olho crítico.
O que me atrai nos seus trabalhos é o modo como retrata o quotidiano de uma maneira muito própria, tão cheia de expressividade. As suas pinturas têm algo para nos tocar, para nos transmitir, agarram-nos e dizem-nos alguma coisa. Não nos deixa indiferentes. Para mim, é isso, a arte seja de que forma se nos é apresentada tem que falar connosco, interrogar-nos, falar-nos e a nossa interpretação do que nela vemos, embora sempre subjectiva, como é óbvio, agarra-nos ou deixa-nos indiferentes.
Certamente esta artista é mesmo artista e falou comigo e eu com ela numa linguagem que só o coração pode descrever.
Bem hajas amiga, tens um linguajar teu, muito próprio e de uma grande sensibilidade artística que tanto me tocou.
O teu
João Andarilho
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