sexta-feira, 16 de agosto de 2019





WOODSTOCK


 50 anos e um dia depois aconteceu magia (15 de Agosto de 1969, às 17:07 horas) durante 4 dias e perante uma multidão calculada em quase 500 mil pessoas, num descampado não muito distante de Nova Iorque. O festival musical que foi muito mais que um mero encontro de bandas e cantores de música e muito mais do que um festival musical. O que esteve e estava em causa foi e era uma mudança de paradigma social no que respeita a valores que se mostravam ultrapassados, despoletando ondas de choque por todo o mundo, com menor ou maior intensidade.
É claro que em Portugal, manietado por uma ditadura de génese fascista dirigida por um crápula criminoso, a onda civilizacional, como todas as ondas, foram suavizadas pela lápis azul da censura, pela "moral e bons costumes". Os ecos de qualquer forma sempre foram chegando mas, verdadeiramente, o povo e a juventude só se aperceberam da real dimensão do acontecimento quando, em Novembro de 1974, meses depois do golpe libertador, foi exibido pela primeira vez no nosso país, o filme "Woodstock" com o sucesso que se esperava, potenciado pelos ventos da revolução havia pouco ocorrida.
Digamos que as causas principais, o sentido e objectivo dos organizadores do festival, regiam-se por princípios como:
- Criam nos Direitos Humanos Universais;
- Na prática da ética na vida na política e nos negócios;
- Na expressão Criativa Sem Restrições;
- No Livre Comércio;
- No Cuidado Afectuoso do Nosso Planeta;
- No Poder do Indivíduo Para Fazer a Diferença; 
- E no Impacto Esmagador das Comunidades Para Actuar Como Agentes de Mudança Pacífica.

Como é óbvio, isto chocava com as restrições à liberdade e prática democrática existentes em Portugal.


Infelizmente muitos dos que foram os propósitos subjacentes aos criadores do movimento, continuam por cumprir na nossa existência de mulheres e homens triturados por uma máquina infernal que se chama capitalismo.

João Andarilho


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