sábado, 28 de setembro de 2019




BASQUETEBOL

Quem inventou este jogo? Qual a sua origem? Segundo historiadores a origem do jogo terá a ver com uma antiga civilização da América Central, anterior à civilização asteca, nos idos de 1100 a 800 A.C. que se chamava Olmecas. Pois estes ancestrais antepassados terão inventado um material semelhante à borracha e com ela criado uma espécie de bola. Pelos vistos, isto de brincar com bolinhas já vem de longe e, vai não vai, terão decidido que era muito mais interessante tentar enfiar a dita cuja num aro circular, incrustado numa quadra de pedra. Nasceu, assim, um jogo que se chamava Tlachtli e que ,com alguma propriedade, se poderá dizer antepassado do jogo de basquetebol que hoje em dia arrasta multidões à sua volta.
De acordo com a historiadora americana, Judith Crosher, tanto o básquete como o voleibol teriam a sua origem no Tlachtli.
Porém, só em 1891, terá surgido o basquetebol (do inglês basketball, literalmente bola ao cesto), tal como hoje o conhecemos. 
A sua criação tem pai e creditada ao canadiano, James Naismith, professor de educação física em Sprigfield, no estado de Massachusetts.
&&&
O Sporting Clube de Portugal, secção de basquetebol, tem conquistados: 8 títulos de Campeão Nacional da 1ª Divisão; 5 títulos de vencedor da Taça de Portugal; 2 títulos de Campeão Nacional da 2ª Divisão; 1 título de Campeão Nacional da 3ª Divisão; 14 títulos regionais de campeão distrital de Lisboa; 3 campeonatos nacionais no escalão sub-18; 1 campeonato nacional de sub-16.


A última vez em que se sagrou campeão nacional da 1ª divisão, foi na longínqua época de 1981/1982. Em 1994/1995 e por decisão da então direcção presidida por Santana Lopes, foi decidido extinguir a secção de basquetebol, de voleibol e do hóquei em patins no clube, com grande mágoa para os adeptos das modalidades. Começava a Troika no clube, na sequência do chamado projecto Roquette. Maldita direcção. O Sporting tinha uma excelente equipa apesar de ter terminado a época na 6ª posição, tendo sido comandada por Nélson Serra.
A 30 de Setembro de 2015, pela voz do Comandante Vicente de Moura, foi anunciado que o Sporting Clube de Portugal, voltava a ter o basquetebol com modalidade oficial, nomeando Helena Duarte, como nova directora, mas apenas com equipas dos escalões de formação numa lógica de crescimento sustentado.
&&&

FOI BONITA A FESTA, PÁ...

O último jogo oficial de uma equipa sénior masculina, tinha sido a 28 de Março de 1995. Em 2019, 24 anos depois, o Sporting Clube de Portugal, voltava a ter basquetebol ao mais alto nível. A 20 de Agosto, a equipa sénior realizava o seu primeiro treino no extraordinário Pavilhão João Rocha.


Ontem, 27 de Setembro de 2019, tive a imensa alegria de ter assistido, in loco, no nosso magnífico anfiteatro e casa das modalidades, ao 1º jogo oficial do basquetebol sénior masculino, 1ª jornada do campeonato nacional, ante a A.D. Ovarense.









O resultado, 74-64, a nosso favor não foi o mais importante. O regresso, o renascimento e a riqueza que é ter o basquete de novo entre nós, deixou-me com uma lágrima no canto do olho e é isso que conta, que fica e que marca.
Foi bonita a Festa, pá...



Viva o basquetebol do Sporting. Viva o basquetebol. Viva o Sporting Clube de Portugal.

João Adepto

terça-feira, 24 de setembro de 2019

sábado, 21 de setembro de 2019



E DE REPENTE...


Andando em passeio descontraído após um rápido almoço cuja ementa não me ficou na memória e com o fito de ajudar ao processo digestivo, desloquei-me em direcção ao passeio ribeirinho no Parque das Nações, nas cercanias do hotel que está hospedado na Torre Vasco da Gama. Francamente gosto de me misturar naquelas ruas tranquilas e isoladas que fazem aquela recente freguesia de Lisboa e da Lisboa oriental. Da Rua de Moscavide, atravessando a Alameda dos Oceanos em direcção à Rua Ilha dos Amores, passando pelas Rua das Buganvílias e pelo Passeio Júlio Verne, de repente desemboquei no Passeio dos Jacarandás, um pequeno pátio em calçada portuguesa onde, na parte central, se ergue um conjunto de pérgolas cobertas de vegetação e buganvílias, num ambiente tranquilo e prazenteiro. 



Olhando para a direita, vou à descoberta daquilo que constitui uns pequenos muretes com chão desnivelado despertando a curiosidade do passante. É então que me dou com uma obra de arte que passa despercebida, constituída por um pequeno tanque com água, formando um espelho de água, de onde sobressaiam 69 pequenas esculturas de homenzinhos verdes, assentes em pequenas bolachas redondas. A partir de onze orifícios dos seus corpos (olhos, orelhas, nariz, boca, mamilos, pénis e ânus), saiem pequenos esguichos de água projectados contra as esculturas adjacentes, provocando uma sensação agradável e fresca, sonora e visual. Tudo isto num espaço cercado de edifícios de habitação, porém num belo equilíbrio paisagístico. 





O artista chama-se Fabrice Hybert, francês, nascido em 1961 e a obra ali nasceu no ano de 1998, feita em resina e aço inoxidável.



Pesquisando um pouco sobre o significado e compreensão do que pretende comunicar através das suas obras, fica-se um bocado confuso com a linguagem absurdamente técnica do meio artístico. Por isso prefiro que seja o receptor final, eu, tu e todos nós que admiramos de uma forma totalmente subjectiva, a expressar o sentimento que resultou desta experimentação.

Lisboa é linda e fácil é amá-la a oferecida.

João Andarilho

quarta-feira, 18 de setembro de 2019



O ARROTO DA VACA


Há muito quem diga que a vaca (ou o boi) emite dióxido de carbono para a atmosfera, contribuindo, assim, para o efeito de estufa.
Meus amigos, cheguei à conclusão de que nada disso é verdade. Efectivamente, a vaca, ao arrotar, porque arrota e o seu arroto tem graça, contribui o equivalente a 2 a 3% para o efeito de estufa, através de compostos orgânicos transformados em carbono.

Num terreno agrícola com cerca de um ha e durante 4 meses, tomando com exemplo uma plantação de milho, o milho captou dióxido de carbono e libertou oxigénio em quantidade superior à de uma floresta com mesma área. 
Para se compreender como a natureza é equilibrada, parte do carbono ficou nas raízes e no restolho que ficou no solo. Mas a maioria e por conseguinte, a maioria do carbono, foi recolhida em silos e vai servir de base de alimentação aos ruminantes, incorporando, assim, a carne e o leite que vão servir de alimento a todos nós.
Mas antes, já a plantação do milho tinha libertado oxigénio.

Venturecampos.com

É o ciclo do Co2: as árvores capturam enquanto vivas, libertam depois de mortas, directamente ou por intermédio da alimentação animal. O que é emitido iguala o capturado pois, para produzir animais, é preciso alimentá-los com vegetais que realizam a foto-síntese. O desequilíbrio tem mão humana (que praga!) e tem a ver com a libertação e uso de carbono fossilizado (hidrocarbonetos) e a sua queima, emitindo CO2, em quantidade que ultrapassa a capacidade de absorção do planeta, contribuindo, assim, para o efeito de estufa.

Deixem lá, então de culpar as vaquinhas pelos seus arrotos que não contribuem para o estado em que o planeta chegou. A ganância e o lucro, lá está, é que está por trás de tudo o que é desequilibrante no planeta.

***

Já agora, pouco se fala da nível de poluição que os navios de cruzeiro produzem nos portos por onde passam, nomeadamente de Lisboa. Segundo estudos ambientalistas, essas cidades ambulantes produzem o correspondente a emissões de óxido de enxofre 86 vezes superiores às emissões dos automóveis que circulam em Portugal.
Os 115 navios de cruzeiro de luxo que demandaram o porto de Lisboa no ano de 2017, libertaram 3,5 vezes mais óxido de enxofre do que os 355 mil automóveis que diariamente circulam em Lisboa e 1/5 de óxido de azoto (que têm origem na queima de combustíveis fósseis) que esses mesmos carros libertaram...


Conclusão: não há como continuar a produzir animais para a nossa cadeia alimentar e produzir uma agricultura ecologicamente sustentável que contribua para a saúde do planeta.

Já agora, acabar com a ganância e o lucro e dar primazia ao ser humano e às sua naturais necessidades.

Viva a Terra. Viva o planeta azul. Abaixo os agentes tóxicos que o poluem!

Tenho dito.

João Agrónomo




quarta-feira, 11 de setembro de 2019


11-09-1973

O TRAIDOR, OS ALGOZES E AS VÍTIMAS 

Assinala-se, hoje, 46 anos depois, o brutal golpe de Estado perpetrado por um militar facínora e traidor contra o seu povo e o seu presidente a quem prometeu obediência e lealdade.

Pinochet era o seu nome.

***

O infra publicado é uma transcrição do Blog "O Tempo das Cerejas2"





«(...) A treinta años del crimen, hay miserables que interpretan el suicidio de Allende como una derrota. No entienden las razones de un hombre leal, que en el fragor del combate entendió que su último sacrificio evitaría a su pueblo la máxima de las humillaciones; ver a su dirigente, a su líder, encadenado y a merced de los tiranos.


Queridas compañeras, queridos Compañeros: no hay honor más grande que el haber sido compañeros de lucha y de sueños de un hombre como Salvador Allende. No hay orgullo mayor que esos mil días liderados por el Compañero Presidente.

No somos víctimas ni del destino ni de la ira de un dios enloquecido. La historia oficial, la mentira como razón de Estado nos presenta como a responsables de un crimen que, cada vez que intentan explicar, las palabras huyen de sus bocas pues no quieren ser parte del vocabulario de la vergüenza. Si nuestro intento por hacer de Chile un país justo, feliz y digno nos hace culpables, entonces asumimos la culpa con orgullo. La cárcel, la tortura, las desapariciones, el robo, el exilio, el no tener un país al que volver, el dolor, si todo eso era el precio a pagar por nuestro esfuerzo justiciero, entonces sépase que lo hemos pagado con el orgullo de los que no renunciaron a su dignidad, de los que resistieron en los interrogatorios, de los que murieron en el exilio, de los que regresaron a luchar contra la dictadura, de los que todavía sueñan y se organizan, de los que no participan de la farsa pseudo democrática de los administradores del legado de la dictadura.

Junto a Salvador Allende fuimos protagonistas de los mil días más plenos, bellos e intensos de la historia de Chile. Sobre nosotros dejaron caer todo el horror, pero no consiguieron ni conseguirán borrar de nuestros corazones el Memorial de los Años más Felices.

Cuando en los momentos más duros de nuestros mil días, la provocación del fascismo, de la derecha, del imperialismo yanqui, hacía que la ira se instalara peligrosamente en nuestros ánimos, el Compañero Presidente nos aconsejaba: "Vayan a sus casas, besen a sus mujeres, acaricien a sus hijos". Ahora, a treinta años de la gran traición, que la cercanía de los nuestros, que el recuerdo de los que nos faltan, y el orgullo de todo lo que hicimos sean los grandes convocantes de lo que debemos recordar. Que las palabras Compañera y Compañero suenen como una caricia, y bebamos con orgullo el vino digno de las mujeres y los hombres que lo dieron todo, que lo dieron todo y pensaron que no era suficiente.»

Agosto 2003
Luis Sepúlveda em
«Memorial dos Dias Felizes»

***

«(...)Numerosos agentes extranjeros tomaron parte en el drama. El bombardeo del palacio de la Moneda, cuya precisión técnica asombró a los expertos, fue hecho por un grupo de acróbatas aéreos norteamericanos que habían entrado con la pantalla de la operación Unitas, para ofrecer un espectáculos de circo volador el próximo 18 de septiembre, día de la independencia nacional. Numerosos policías secretos de los gobiernos vecinos, infiltrados por la frontera de Bolivia, permanecieron escondidos hasta el día del golpe y desataron una persecución encarnizada contra unos 7.000 refugiados políticos de otros países de América Latina.

Brasil, patria de los gorilas mayores, se había encargado de ese servicio. Había promovido, dos años antes, el golpe reaccionario en Bolivia que quitó a Chile un respaldo sustancial y facilitó la infiltración de toda clase de recursos para la subversión. Algunos de los empréstitos que han hecho los Estados Unidos al Brasil han sido transferidos en secreto a Bolivia para financiar la subversión en Chile. En 1972, el general William Westmoreland hizo un viaje secreto a La Paz, cuya finalidad no se ha revelado. No parece casual, sin embargo, que poco después de aquella visita sigilosa, se iniciaran movimientos de tropa y material de guerra en la frontera con Chile y esto dio a los militares chilenos una oportunidad más de afianzar su posición interna y de hacer desplazamientos de personal y promociones jerárquicas favorables al golpe inminente.
Por fin, el 11 de septiembre, mientras se adelantaba la operación Unitas, se llevó a cabo el plan original de la cena de Washington, con tres años de retraso, pero tal como se había concebido: no como un golpe de cuartel convencional, sino como una devastadora operación de guerra.
Tenía que ser así, porque no se trataba de tumbar a un gobierno, sino de implantar la tenebrosa simiente del Brasil, con sus terribles máquinas de terror, de tortura y de muerte, hasta que no quedara en Chile ningún rastro de las condiciones políticas y sociales que hicieron posible la Unidad Popular. Cuatro meses después del golpe, el balance era atroz: casi 20.000 personas asesinadas; 30.000 prisioneros políticos sometidos a torturas salvajes, 25.000 estudiantes expulsados y más 200.000 obreros licenciados. La etapa más dura, sin embargo; aún no había terminado. (...)».

Gabriel Garcia Marquez 
em«Chile, el golpe e los gringos»

A FESTA!




6,7 e 8 de Setembro de 2019, aconteceu o maior evento cultural anual do país na Quinta da Atalaia, Seixal, Amora. Falo, claro está, da Festa do Avante! Não há Festa Como Esta, apregoam os organizadores e secundarizam  os simpatizantes e militantes comunistas e os participantes nesta Festa.
Verdade seja dita: o entusiasmo e a comunhão entre os participantes, independentemente da sua ideologia, pelo espírito da festa, por tudo aquilo que ela nos oferece em termos culturais, desportivos  e políticos, é qualquer coisa de extraordinário. E a mística da Festa tem a ver com o empenho militante e voluntário dos militantes comunistas que durante meses ali trabalharam para levantar tão soberbo empreendimento. Todo esse esforço se sente, levantado do chão! 


O carinho aplicado na obra é transmitido a quem, finalmente, percorre aquelas ruas ladeadas de montras de exposição das culturas dos nossos povos, distrito a distrito e que formam a nossa herança cultural. Elas, são as barracas da nossa gastronomia, do artesanato, do teatro e do cinema, do livro e da música. A Cidade Internacional, onde se pode apreciar a diversidade do que o mundo tem para nos mostrar. São eles espaços para debates políticos e mostra de arte em forma de fotografia, espaço da ciência, recintos para eventos desportivos. Largas avenidas onde enxameiam milhares e milhares de pessoas, como abelhinhas em busca desta e daquela cheirosa flor do seu encantamento.
No desporto há a destacar a muito participada corrida da festa, que se realiza Domingo de manhã e que este ano teve a participação de cerca de 4000 atletas. É obra!

Créditos: Luís D. Clara
O destaque maior vai, todavia, como não podia deixar de ser, para os espectáculos musicais onde bandas de musica popular, do Rock, Hard Rock, Punk, passando pela grande orquestra e pelo Jazz e acabando no fado e no nosso folclore, pululam de palco em palco, do principal ao mais pequeno, mas sempre com grande empenho e vivo entusiasmo pela oportunidade de se mostrarem a tantos e tantos milhares de pessoas.


 Tudo num programa de excelência que, pela última vez, teve o brilhante dedo do seu programador e director, o saudoso Rúben de Carvalho, que, ingloriamente nos deixou. A vida é perene mas a obra é imortal e o seu legado nos guiará para fazermos mais e sempre melhor. Obrigado pelo teu legado, camarada Rúben. Até sempre...


Para encerramento, como é habitual, no grande palco da Festa, temos o comício de encerramento com a presença do seu Secretário-Geral, Jerónimo de Sousa. No final da Festa e depois de realizado o último acto musical no Palco 25 de Abril, a grande apoteose com o espectáculo da Carvalhesa e do lançamento do fogo de artifício. É tempo da debandada e da saudade que Segunda é dia de trabalho.
4,5 e 6 de Setembro de 2020, vai ser outra vez!


NÃO HÁ FESTA COMO ESTA! AVANTE!

João Militante

quarta-feira, 4 de setembro de 2019



PATAGÓNIA


Qual a origem desta designação? No périplo de Magalhães em demanda do estreito para oeste que lhe permitisse chegar às terras das especiarias através do Pacífico sem ter que contornar o continente africano e subir o Índico, foi decidido montar acampamento numa baía, baptizada de São Julião, actualmente fazendo parte da Argentina, nela aguardando o fim do rigoroso inverno. Nesta terra de invernia onde nada se vislumbrava, sem vivalma tudo era branco, gelado e monótono. Sabendo, Magalhães, que o pior para a moral de um homem era o ócio, determinou uma série de trabalhos que deveriam se executados diariamente pela tripulação.

 
Maironpelomundo.com


Em dada ocasião e de repente, surgiu, numa colina, figura aparentada com um ser humano, de enormes proporções, com cerca do dobro do tamanho de um europeu e com uns enormes pés, logos chamados de «patagões», provocando o pânico entre a tripulação. De tão despudorados apoios de tão enorme criatura, patagões, surge o baptismo, passando a região descoberta a ser designada de Patagónia.

Baía de São Julião

Como etnia acabaram por desaparecer, mas ainda hoje os gaúchos que vivem nessa região mantém características deste ancestrais.


João Andarilho

domingo, 1 de setembro de 2019


01-09-1939


Invasão da Polónia pelas tropas nazis da Alemanha. Início da 2ª Grande Guerra. A besta Nazi em acção perante a complacência e o deixa-andar das chamadas democracias ocidentais. Quando acordaram, quase que era tarde.

Slideplayer.com.br

80 anos depois, de novo surgem nuvens cinzentas no horizonte. De novo espreitam os filhos da besta e ninhos não faltam, mesmo na nossa casa. Esperemos que não seja tarde...

João Andarilho

  SÃO JOÃO   "23.6 À meia noite de hoje (ontem) acendem-se os fogos. A multidão reúne-se em redor das altas fogueiras. Nesta noite limp...