O ARROTO DA VACA
Há muito quem diga que a vaca (ou o boi) emite dióxido de carbono para a atmosfera, contribuindo, assim, para o efeito de estufa.
Meus amigos, cheguei à conclusão de que nada disso é verdade. Efectivamente, a vaca, ao arrotar, porque arrota e o seu arroto tem graça, contribui o equivalente a 2 a 3% para o efeito de estufa, através de compostos orgânicos transformados em carbono.
Num terreno agrícola com cerca de um ha e durante 4 meses, tomando com exemplo uma plantação de milho, o milho captou dióxido de carbono e libertou oxigénio em quantidade superior à de uma floresta com mesma área.
Para se compreender como a natureza é equilibrada, parte do carbono ficou nas raízes e no restolho que ficou no solo. Mas a maioria e por conseguinte, a maioria do carbono, foi recolhida em silos e vai servir de base de alimentação aos ruminantes, incorporando, assim, a carne e o leite que vão servir de alimento a todos nós.
Mas antes, já a plantação do milho tinha libertado oxigénio.
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É o ciclo do Co2: as árvores capturam enquanto vivas, libertam depois de mortas, directamente ou por intermédio da alimentação animal. O que é emitido iguala o capturado pois, para produzir animais, é preciso alimentá-los com vegetais que realizam a foto-síntese. O desequilíbrio tem mão humana (que praga!) e tem a ver com a libertação e uso de carbono fossilizado (hidrocarbonetos) e a sua queima, emitindo CO2, em quantidade que ultrapassa a capacidade de absorção do planeta, contribuindo, assim, para o efeito de estufa.
Deixem lá, então de culpar as vaquinhas pelos seus arrotos que não contribuem para o estado em que o planeta chegou. A ganância e o lucro, lá está, é que está por trás de tudo o que é desequilibrante no planeta.
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Já agora, pouco se fala da nível de poluição que os navios de cruzeiro produzem nos portos por onde passam, nomeadamente de Lisboa. Segundo estudos ambientalistas, essas cidades ambulantes produzem o correspondente a emissões de óxido de enxofre 86 vezes superiores às emissões dos automóveis que circulam em Portugal.
Os 115 navios de cruzeiro de luxo que demandaram o porto de Lisboa no ano de 2017, libertaram 3,5 vezes mais óxido de enxofre do que os 355 mil automóveis que diariamente circulam em Lisboa e 1/5 de óxido de azoto (que têm origem na queima de combustíveis fósseis) que esses mesmos carros libertaram...
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Conclusão: não há como continuar a produzir animais para a nossa cadeia alimentar e produzir uma agricultura ecologicamente sustentável que contribua para a saúde do planeta.
Já agora, acabar com a ganância e o lucro e dar primazia ao ser humano e às sua naturais necessidades.
Viva a Terra. Viva o planeta azul. Abaixo os agentes tóxicos que o poluem!
Tenho dito.
João Agrónomo
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