NOITES DE SANTO ANTÓNIO
Um portuense de gema que se identificou magistralmente com os fregueses de Lisboa, suas freguesias e com as festas da cidade, compondo esta música e letra dedicadas ao Santo António, de uma forma absolutamente genial. Ora, acompanhem lá a música popularucha, os seus instrumentos e o rendilhado da letra que mistura as freguesias de Lisboa, laçando-as umas com outras numa harmonia absolutamente espantosa! ENORME ZÉ MÁRIO!
https://youtu.be/9ijut3EnfWU
QUAL É A TUA Ó MEU
José Mário Branco
(Refrão)
Qual é a tua, ó meu?
Andares a dizer "quem manda aqui sou eu"?
Qual é a tua, ó meu?
Nesse peditório o pessoal já deu.
Com trinta por uma linha
Esburacaste a Liberdade
E a Alegria
É só puxar a Pontinha
Cai o Carmo e a Trindade
No mesmo dia
Com tanta Ladra no mundo
O teu Rato andava à caça
de Sapadores
Quanto mais a dor Dafundo
Menos a gente acha Graça
Aos ditadores
(Refrão)
O Intendente semeou
O Desterro e o Calvário
Sem nenhum dó
Mas Santa Justa acordou
Porque a Voz do Operário
Não Fala-Só
Pedes Ajuda e Mercês
Mas só Palhavã vais pondo
No nosso prato
Engarrafa-se o Marquês
E cai o Conde Redondo
Mais o Beato
(Refrão)
Sem Socorro, ardeu-te a tenda
E tu ficas Entrecampos
A ver se escapas
Mas como não tens Emenda
Vais com Baixa de sarampo
Para a Buraca
Não é possível meter
Águas Livres numa Bica,
Como tu queres
Quem pensa assim, podes crer,
Campo Grande onde Benfica
É nos Prazeres
(Refrão)
José Mário Branco
Manuela de Freitas
Autoria da música:
José Mário Branco
Instrumentação:
Baixo eléctrico; bateria; bombo; polymoog; banjo; flautim; coro.
Data:
1982
Tipo de suporte original:
Vinil
Álbum:
Ser solidário
(Fonte CESEM - Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical)
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