domingo, 22 de janeiro de 2023

 UMA QUESTÃO CIVILIZACIONAL



Créditos do autor

"Por uma educação que nos ajude a pensar e não a obedecer"

No planeta ocidental onde estamos inseridos, impregnado desde os chamados "descobrimentos" de preconceitos de superioridade sobre os demais povos que foram "descobrindo" e dominando, foram desenvolvidos padrões de comportamento sociológico, de carácter comportamental e ordem económica que, no seu processo de desenvolvimento e expansão, vieram descambar, nos dias de hoje, no mais abjecto estádio de degradação ultra capitalista, que prenuncia o seu fim em favor de um mundo multipolar, já sem o domínio imperial dos que, ao longo dos séculos têm explorado, saqueado, assassinado em benefício dos grandes monopólios corporativos. O extertor deste sistema unipolar está a acontecer, onde a guerra que actualmente acontece na Ucrânia é uma das peças fundamentais desse extertor.

Dentro deste planeta onde vivemos, ainda sob a pata dos donos disto tudo, os povos são espezinhados pelos que os governam, a mando dos tais monopólios corporativos e em obediência ao tal defunto modelo económico-social. As chamadas "crises" ou "tempos de austeridade", são ciclos programados que decorrem dessa degradação capitalista, que têm como justificação a imperiosa necessidade de roubar os pobres para dar aos ricos. Daí resultam os modelos de regressão civilizacional, com a supressão de direitos, a precarização do emprego, os cortes salariais, o aumento forçado da produtividade com o aumento do horário laboral e o não pagamento das horas extraordinárias, a alteração do Código do Trabalho, perspectivando-se, até, a alteração da própria Constituição da República, a criação de um mecanismo artificial que consagra o aumento da idade da reforma, pasme-se! mudando as regras desse contrato, sem vergonha, a meio da sua vigencia. 

Tudo isto provoca uma reacção popular em cadeia, de que são exemplos as greves dos professores, dos oficiais de justiça, dos guardas prisionais e um pouco por toda a AP em todo o tecido social do país transversal aos países que formam este decadente planeta ocidental em que vivemos. 

Tempos difíceis nos esperam mas o que está em causa é, essencialmente, o futuro dos que, agora, ainda são crianças. 

João Andarilho 



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