quarta-feira, 24 de outubro de 2018


Bolsonaro combina com Boçal


Sei pouco sobre o Reino do Brasil, sei que foi colónia do nosso Reino, que não tratámos bem os povos indígenas que habitavam aquelas terras do pau-brasil. Sei, também, que tivemos o mesmo rei e que aquilo é grande pra caramba. Penso que a colonização acabou por não correr tão bem para as nossas cores, daí ter havido um grito que chegou a estas costas atlânticas, chamado de Ipiranga.
A partir desse grito as coisas têm piorado para os indígenas da jovem nação, subjugados pelos descendentes do colonizador, quais coronéis cheios de privilégios e riquesas acumuladas e com medo de os perder. Como normalmente quem possui riquezas e privilégios é quem manda, quem manda no Brasil, desde sempre, é o coronel. Sei igualmente, que, recentemente houve um período de alguma democracia mais permitida do que conquistada, em que muito povo saiu da miséria absoluta e passou a ser só miserável e isso foi uma afronta para o coronel. Não gostou, não achou piada à brincadeira e resolveu usar um marioneta, bolsonaro ou boçal (acho que é a mesma coisa). Como é sabido, a esmagadora maioria do povo daquele reino, porque nunca teve acesso às luzes e é pobre de raciocínio (porque o raciocínio precisa de ser desenvolvido) e vive na miséria sabiamente imposta, não sabe viver sem a Lei do Chicote, habituou-se e isso é a sua perdição. Miserável, explorado, humilhado há-de continuar a ser e pôs-se a jeito. Tenho pena dos muitos que têm discernimento mas não são a esmagadora maioria. Triste ver pretos, mulheres, indígenas, minorias étnicas e outra minorias, a alimentar este rolo compressor das suas liberdades e da sua dignidade como pessoas. Oxalá esteja enganado e tudo isto não passe de um horrível pesadelo.



João Atónito

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