NAÇÃO VALENTE II
Eterno povo de emigrantes
Com o fim da aventura do Oriente, Portugal entrou numa decadência que durou até ao 25 de Abril de 1974, com breve interregno revolucionário que teve o condão de derrubar as estruturas do regime deposto e promover a dignidade do povo, outorgando-lhe direitos e garantias e aumentos salariais, reformas no ensino e na educação e a criação de um Serviço Nacional de Saúde. Com a reversão posterior desses direitos adquiridos, dos cortes salarias e destruição do aparelho produtivo, da saúde e da educação, o país voltou à depressão e à decadência, ditada pela perda de soberania e ao garrote da moeda única.
Conforme escreveu C.R.Boxer em "Portuguese Seaborne Empire" «os portugueses têm demonstrado ao longo dos séculos uma notável capacidade de sobrevivência à má governação, vinda de cima, e à indisciplina, vinda de baixo».
A resposta do povo, da gente pobre e miserável é o desprezo pelo governo e pelo poder, manifestando-se através da emigração em massa ao longo dos séculos, almejando oportunidades noutras paragens, apesar do trabalho duro que os esperava fruto da pouco qualificada mão de obra que ofereciam.
Hoje, apesar de Portugal ser um país de licenciados, escasseiam as oportunidades e, face à crise (recorrente ao longo dos séculos) de novo continua a emigração maciça, desperdiçando o país os recursos humanos, o valor científico dos seus cidadãos, mais valia aproveitada pela Europa e pelo mundo de bandeja, porque nada despenderam na sua formação.
Hoje, apesar de Portugal ser um país de licenciados, escasseiam as oportunidades e, face à crise (recorrente ao longo dos séculos) de novo continua a emigração maciça, desperdiçando o país os recursos humanos, o valor científico dos seus cidadãos, mais valia aproveitada pela Europa e pelo mundo de bandeja, porque nada despenderam na sua formação.
João Andarilho
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