quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019



COMO?

Recuso-me terminantemente a ver  televisão portuguesa, mormente aqueles folhetins a que todas as estações de TV designam por telejornais e que supostamente deveriam ser programas informativos, fidedignos, concisos e deontologicamente imparciais. Por isso não ando a par das fofocas que por ali charqueiam.
Todavia e porque, mesmo assim, é impossível não ser poluído uma vez que ainda sou um animal social,  não vivendo isolado, dou-me conta de algum som. Um dos sons que me bateu no martelinho do ouvido tem a ver com uma greve de fome de um fulano que, supostamente, é dirigente de um "sindicato". Pela fotografia do dito cujo, vista de relance, parece-me difícil que não possa haver indícios de fraude na dita dieta voluntária. O homem é volumoso aparentando ser viciado nos petiscos (a nossa culinária é um pecado). Quase sou dado a acreditar que a dita greve poderá ser feita nos intervalos das 3 refeições diárias, que me perdoe o fulano por ser tão má língua.
Já agora, uma das reividicações que ouvi dizer que a criatura reclama do Centeno, é o aumento em € 400,00 (quatrocentos), na retribução de entrada na carreira, que é actualmente de € 1200,00 (mil e duzentos euros). Isto é, para início de carreira de um enfermeiro reivindica-se a módica quantia de € 1600,00 (mil e seiscentos euros). 
Num país em que o salário mínimo é de pouco mais de € 600 (seiscentos euros), em que o salário médio pouco ultrapassa os € 1000,00 (mil euros), é surreal uma proposta deste calibre e uma greve assassina e com motivação política, (declarada ilegal pela PGR).
Outra exigência é a da idade legal da reforma sem penalizações ser reduzida para a classe dos enfermeiros,  aos 57 (cinquenta e sete) anos de idade, nove anos menos do que a actual idade legal de reforma. 


Sinceramente, para o calibre das exigências ou das reivindicações, acho pouco a qualidade do sacrifício. Penso que, no mínimo, seria digno que, como mártir, se imolasse pelo fogo.

João Andarilho

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