domingo, 29 de janeiro de 2023


O FIEL AMIGO


Não é o bacalhau. Este acaba sempre por suprimir necessidades gastronómicas sob a forma de variadas receitas resultando num excelente pitéu. 

O fiel amigo é aquele ser que nos acompanha nos bons e maus momentos. Está presente quando não estamos para ninguém, depressivos e de mau humor, mas também nas brincadeiras e correrias. Sobretudo nunca nos cobra a sua amizade e o seu amor: o cão.

Retirado da Internet 



Poema de um cão


Sou aquele que te espera...
O teu carro tem um som especial e eu posso reconhecê-lo entre mil.
Os teus passos têm uma campainha mágica, são música para mim.
A tua voz é o maior signo do meu tempo feliz e, às vezes, não é necessário mencionar: ouço a tua tristeza.
Se vejo a tua alegria, faz-me feliz!
Não sei o que é cheiro bom ou mau, só sei que o teu cheiro é o melhor.
Algumas presenças às vezes eu gosto, outras, nem tanto.
Mas a tua presença é o que move os meus sentidos.
Seu despertar, me acorda.
Dormindo você é meu Deus, descansando em casa, e eu o seu sonho.
O teu olhar é um raio de luz, quando me dou conta do teu despertar...
As tuas mãos sobre mim, têm a leveza da paz.
E, quando você sai, tudo está vazio outra vez...
E volto a esperar sempre e sempre...
Pelo som do seu carro;
Pelos teus passos;
Pela tua voz;
Pelo teu estado sempre inconstante do humor;
Pelo teu cheiro;
Pelo teu repouso sob a minha vigília;
Pelos teus olhos;
Pelas tuas mãos.
E assim sou feliz.
Eu sou aquele que te espera:
Sou o teu cão!

Poeta anónimo 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023


D-DAY 27.1.1945

Autor desconhecido, retirado da Internet 

78° aniversário da libertação do campo de extermínio nazi de Auschwitz, pelas tropas soviéticas. 

João Andarilho 


 NÃO VOU ESCREVER

 SOBRE...


Não vou escrever sobre os € 5 000 000, para o palco do franciscano Papa, nem sobre os € 140 000 000, oferecidos às concessionárias privadas das auto-estradas, nem sobre os € 3000 000 000, oferecidos às EDP, ENDESA, IBERDROLA, GALP e outras, ou ainda sobre os €20 000 000 000, injectados na banca privada, apesar de que os salários de quem paga tudo isto continuarem mais miseráveis, não.

O que eu ia escrever, com a falta de tempo, fica mesmo para o próximo blogue...

(informação extraída de um comentário do deputado ao PE, João Ferreira)

João Andarilho 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023


LIVROS... 


Dêem-me um livro e esqueço que existo. Ler é dar vida ao livro. Até ser lido não é livro, não é nada. Ler é aprender, ler é imaginar, ler é saltar fronteiras, ler é ser livre é deixar de ser subserviente, ler é tornares-te conhecedor, bom ser humano e consciencioso. O Livro é libertação se for lido. Aliás, os livros existem e exigem ser lidos. Por isso, boa leitura.

Um cidadão alemão, construiu ao longo da sua vida, uma verdadeira biblioteca em sua casa com cerca de 20 000 livros. Faleceu sem que alguém se tenha apercebido, sequer, que tinha apetência pela leitura. Voilà...

Retirado da Internet 

Retirado da Internet 

Retirado da Internet 

O Estado alemão certamente providenciará pelo bom destino de tão rico espólio. 

João Andarilho 




quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

ROBIN WILLIAMS 

Este imenso actor, homem com H, simples na vida, corajoso na hora da morte, terá concluído e afirmado qualquer como isto: 

"Creio que as pessoas que experimentaram as maiores tristezas, são as que sempre se esforçaram mais em fazer os outros felizes. Porque sabiam por experiência própria o que é sentir-se desolado e abatido, não desejando a ninguém que se sinta assim

Retirado da Internet 


João Andarilho 


terça-feira, 24 de janeiro de 2023


CONTO DE F( ) DAS?


Vida de reis e de rainhas, condes, duques, condessas e viscondes, casas senhoriais, palácios e palacetes, escudeiros e mosqueteiros ... Versailles, uau ! Que vida era aquela daquela gente bem afivelada, vestida de luxo da ponta dos pés à ponta dos cabelos. Mas... mas, vamos aos detalhes. Há sempre um senão nos contos de fadas e na vida destas gentes do tempo dos reis de antigamente.

VERSAILLES! inigualável em sumptuosidade, dos jardins de perder de vista aos grandiosos salões e corredores do seu palácio. Por acaso já lá estiveram? Ai já! Devem, então ter reparado num pormaior: cadê o WC? Pois é, naquele tempo não havia os privados como os há hoje em qualquer habitação por mais humilde que seja. Naquele tempo, os escrementos eram deitados borda fora pelas janelas! Desgraçado do duque que ia a passar de vestido novo...

Em dia de banquete a cozinha do palácio preparava um festim para 1500 convidados sem o mínimo de higiene (por onde andava a ASAE?).

Nos filmes que retratam a vida palaciana de então, é frequente observar que as senhoras usavam permanentemente os abanicos. Meus amigos, não era o calor não, era mesmo a falta de higiene íntima que exalava um cheiro nauseabundo nas partes fudengas. Usava-se umas fraldas especialmente concebidas para evitar a propagação do mau cheiro. Mas mesmo assim...

Retirado da Internet 

Aquela gente só se lavava uma vez por ano, normalmente em Maio. Daí que as bodas ocorriam, geralmente em Junho. O cheiro ainda se aguentava... 

Não havia escovas de dentes, perfumes ou desodorizantes e muito menos papel higiénico. Fosca-se! 

Sabes porque é que as damas usavam buquês de flores? Por isso mesmo, para disfarçar o que não podia ser disfarçado, eh, eh. Reparem só a origem da cena da noiva usar um buquê e depois mandá-lo pelo ar... 

Nos jardins do palácio, para além da grandiosidade dos seus jardins, havia também a grandiosidade dos seus escrementos. Estavas à rasca, não vai de moda... 

Que bela vida era a de Versailles !!! E de Lisboa também, senhores, ou pensam vocemeceses que aqui na capital andava tudo bem cheiroso e lavadinho! Tenham tento! Na, na, na na. Deixa-me viver a minha vidinha neste ano 23 do séc XXI e deixem-se de merdas aristocráticas... e sejam felizes. 

João Andarilho 


segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

 TRIBUTO A UMA AMIZADE


Certo dia, há uns anos, durante uma caminhada desportivo/cultural à beira-mar na zona de Cascais/Estoril, o João e eu, conversando, abordávamos assuntos mundanos, triviais, existenciais, sempre com muito humor à mistura. Pode-se dizer que entre ambos existe uma excelente amizade, muita cumplicidade e coincidência de pontos de vista, mas também salutares divergências que apimentam, no bom sentido, a nossa relação de amizade. Aliás, nos incontáveis momentos de relacionamento ao longo dos anos, descobrindo-nos descobrimos assuntos e matéria que nos vão enriquecendo como seres humanos.

Foi precisamente nessa ocasião que ele me pergunta: ouve lá, porque é que não crias um blogue?

Eu já seguia o blogue dele onde, magistralmente, pincela de maneira simples e sintética, os mais extraordinários e inesperados temas que a vida nos proporciona, dando-nos, também, a conhecer aspectos do que já aconteceu e sempre na perspectiva de promover a nossa curiosidade, de a espicaçar.

Maquinalmente, respondi que também tinha um blogue. A sério! , espantou-se ele. A sério, respondi eu.

De facto, lembrei-me que tinha criado um havia muito tempo, mas que tinha ficado no papel, a hibernar.

Mas que coisa extraordinária, és um poço de surpresas, disse o João.

Continuámos a discorrer sobre o assunto e a coisa ficou a matutar-me a caixa dos pirulitos. De tal maneira que a partir desse dia consegui lembrar-me do nome do meu blogue e nele venho escrevinhando com alguma regularidade.

Porquê a necessidade do blogue, perguntei-me. Porque me dá a oportunidade de registar muito do que é a minha pessoa em dado momento e da evolução do seu pensamento. A preocupação nunca foi o de chegar ou condicionar  quem quer seja que o leia, somente registar para memória futura quem era o João quando passou pela vida de quem o conheceu. Seria engraçado, um dia, perceber a reacção de netos, bisnetos e trinetos, ao lerem muito do que o avô/bisavô/trisavô, escreveu e apreender o que era a vida naqueles tempos tão curiosos.


João Andarilho 


 ESPÍRITU SANTO Y AMÉN


É o nome do burro, compañero do peregrino Enrique Balsera, conhecido como o mais famoso peregrino do mundo. Espanhol de Córdova é uma estória de vida suigeneris. Antigo piloto da marca de carros desportivos italiana, Lamborghini, sofreu um grave acidente de carro. Saiu com vida mas ficou paraplégico. A vontade de voltar a andar era uma fé e fez uma promessa que cumpre desde que recuperou o andar: ser peregrino até morrer. Peregrinar é o seu destino, percorrer os caminhos de peregrinação o seu fado, sempre na companhia do Espíritu Santo y Amén...

Boas viagens andarilho da fé. 

Créditos: Maurício Santos 


Vídeo feito pelo meu amigo Maurício Santos, a semana passada, em Torres Vedras. Não chegou à fala com Enrique, mas soube por interposta pessoa, que Enrique tinha entrado num supermercado para comprar cenouras ao Espíritu Santo e se dirigia a Roma. Bon voyage homem de fé. 

João Andarilho 


ARTE


 https://youtu.be/LN0Cxc-JN4k

domingo, 22 de janeiro de 2023

 UMA QUESTÃO CIVILIZACIONAL



Créditos do autor

"Por uma educação que nos ajude a pensar e não a obedecer"

No planeta ocidental onde estamos inseridos, impregnado desde os chamados "descobrimentos" de preconceitos de superioridade sobre os demais povos que foram "descobrindo" e dominando, foram desenvolvidos padrões de comportamento sociológico, de carácter comportamental e ordem económica que, no seu processo de desenvolvimento e expansão, vieram descambar, nos dias de hoje, no mais abjecto estádio de degradação ultra capitalista, que prenuncia o seu fim em favor de um mundo multipolar, já sem o domínio imperial dos que, ao longo dos séculos têm explorado, saqueado, assassinado em benefício dos grandes monopólios corporativos. O extertor deste sistema unipolar está a acontecer, onde a guerra que actualmente acontece na Ucrânia é uma das peças fundamentais desse extertor.

Dentro deste planeta onde vivemos, ainda sob a pata dos donos disto tudo, os povos são espezinhados pelos que os governam, a mando dos tais monopólios corporativos e em obediência ao tal defunto modelo económico-social. As chamadas "crises" ou "tempos de austeridade", são ciclos programados que decorrem dessa degradação capitalista, que têm como justificação a imperiosa necessidade de roubar os pobres para dar aos ricos. Daí resultam os modelos de regressão civilizacional, com a supressão de direitos, a precarização do emprego, os cortes salariais, o aumento forçado da produtividade com o aumento do horário laboral e o não pagamento das horas extraordinárias, a alteração do Código do Trabalho, perspectivando-se, até, a alteração da própria Constituição da República, a criação de um mecanismo artificial que consagra o aumento da idade da reforma, pasme-se! mudando as regras desse contrato, sem vergonha, a meio da sua vigencia. 

Tudo isto provoca uma reacção popular em cadeia, de que são exemplos as greves dos professores, dos oficiais de justiça, dos guardas prisionais e um pouco por toda a AP em todo o tecido social do país transversal aos países que formam este decadente planeta ocidental em que vivemos. 

Tempos difíceis nos esperam mas o que está em causa é, essencialmente, o futuro dos que, agora, ainda são crianças. 

João Andarilho 



quinta-feira, 19 de janeiro de 2023


POUCO E SER FELIZ


Quando era jovenzinho, vivia eu em Abrantes, sonhava pelo dia em que, com a feira, vinham atrelados uma espécie de feira popular com a Roda grande, as barracas de comes e bebes e do tiro ao alvo (como eu sou bom atirador e feliz com estas pressões de ar! ), os carroceis, toda aquela agitação dos pregadores do mais barato par de cuecas e de meias da cidade e de Portugal inteiro. Mas, sobretudo, com a chegada dos carrinhos de choque! Era mágico, grandioso! Quando via nas mãos aquelas fichas milagrosas, era o chaval mais feliz da terra e também dos arredores. Ficava roído de inveja quando os meus amigos as tinham e eu não tinha pilim. Raios! corria de um pulo (reparem só na velocidade) a casa e tinha de desencantar todos os 10 tostões que conseguisse, só para voltar a ser feliz. Como era preciso nada para ser feliz!

Via internet

Lembrei-me desta recordação para fazer uma analogia com o dia no meu local de trabalho. A emoção é tamanha que pareço um carrinho de choque carregado com as fichas todas... 

João Andarilho 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

 

GIL


Em 1998, foi inaugurada com pompa e circunstância a Expo 98, Exposição Universal, em Lisboa.

Como mascote foi criada uma figura simpática de cabelo ondulado a quem foi dado o nome de Gil, em homenagem ao grande navegador português Gil Eanes.





João Andarilho

 

GIL EANNES


Nascido em Lagos, foi um navegador português do Sec XV, conhecido por ter dobrado o temível Cabo Bojador em 1434, proeza histórica dos descobrimentos portugueses. O Mundo, afinal, não acabava ali. Era o início da Epopeia. Escudeiro de D. Henrique numa simples barca se fez ao Cabo, de peito aberto e venceu.



Como prova do emérito feito, trouxe a El-Rei um ramo de flores da arménia, flores essas que florescem em todo o nosso litoral, a que deu o nome de flores de Santa Maria.


Imaginava-se, então que os ventos do Cabo sopravam para Sul impedindo o regresso a Portugal de quem ousasse dobrá-los. Contava a lenda que mais de 12000 tentativas haviam sido realizadas. Grande Homem português.

João Andarilho

 

GIL EANNES



FERNANDO PESSOA

MAR PORTUGUEZ

Ó MAR SALGADO, quanto do teu sal 

São lagrimas de Portugal !

Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 

Quantos filhos em vão resaram !

Quantas noivas ficaram por casar 

Para que fosses nosso, ó mar 

Valeu a pena ? Tudo vale a pena 

Se a alma não é pequena. 

Quem quere passar além do Bojador

Tem que passar além da dor. 

Deus ao mar o perigo e o abysmo deu,

Mas nelle é que espelhou o céu.

 EU SOU MARATONISTA... ...logo, hoje é o meu dia! João Andarilho