segunda-feira, 14 de janeiro de 2019



AQ

«Não posso pois apelar para a fraternidade das ideias: conheço que as minhas palavras não devem ser bem aceites por todos. As ideias, porém, não são felizmente o único laço com que se ligam entre si os espíritos do homem. Independentemente delas, senão acima delas, existe para todas as consciências rectas, sinceras, leais, no meio da maior divergência de opiniões, uma fraternidade moral, fundada na mútua tolerância e no mútuo respeito, que une todos os espíritos numa mesma comunhão - o amor e a procura desinteressada da verdade.»

Antero de Quental



Bom dia Sr. Antero, saiba vossemecê, que para mim foi uma surpresa ter dado de caras consigo e ter tido o privilégio de consigo conversar. Mais a mais com um tempo magnífico e sob um  estival sol de inverno nessa magnífica vila de Santa Cruz. 
Sei que o senhor não é deste tempo e por isso sinto falta de gente discernente neste país, gente culta e pensante como o senhor. Não quer dizer que não haja pensadores como o senhor. Há-os, bons também, mas a esses ninguém os ouve porque se os ouvissem, o nosso país era feliz.
Saiba, Sr. Antero, que sou seu fã desde há muito tempo e tenho lido muita obra de que o senhor e outros seus colegas têm publicados, como o Eça, o Garrett, o Fialho ou o historiador Oliveira Martins entre outros. Apesar da distância é curioso sentir, do que transparece das vossas obras, que o nosso país ainda não saiu do século XIX e isso deixa-me triste.
Mas olhe, hoje escutei-o com atenção e bebi das suas ideias. Prometo que vou pensar nelas, com espírito crítico e aberto.

Até um dia destes Sr. Antero, prazer tê-lo conhecido pessoalmente, mas tenho mesmo que acelerar na minha "bike", porque a volta ainda é longa e o almoço espera por mim.
Bom Domingo para si também.

João Sátiro


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