domingo, 26 de maio de 2019



A CULPA É VOSSA!


" Mãe... eu quero ficar sozinho! Mãe, eu não quero pensar mais, mãe, eu quero morrer, mãe! Eu quero desnascer, ir-me embora sem sequer ter que me ir embora! Mãe, por favor... tudo menos a casa em vez de mim, outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e me encontrar fugindo. De quê, mãe? Diz! São coisas que se me perguntem... não pode haver razão para tanto sofrimento. E se inventássemos o mar de volta e se inventássemos partir para regressar, partir e aí, nessa viagem, ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe. Lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto. Lembrar, note a note, o canto das sereias, lembrar o Depois do Adeus e o frágil e ingénuo cravo da Rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir aqui, para ficar... Assim mesmo como intervim um dia a chorar de alegria, de esperança precoce e intranquila, o azul dos operários da Lisnave a desfilar gritando ódio apenas ao vazio, exército de amor e capacetes, assim mesmo na Praça de Londres, o soldado lhes falou: - olá camaradas, somos trabalhadores, eles não conseguiram fazer-nos esquecer, aqui está a minha arma para vos servir.  
Assim mesmo por trás das colinas onde o verde está à espera, se levantam antiquíssimos rumores, as festas e  os suores, os bombos de Lava Colhos. Assim mesmo senti um dia, a chorar de alegria e esperança precoce e intranquila o bater inexorável dos corações produtores, os tambores. De quem é o Carvalhal? É nosso! Assim, te quero cantar! Mar antigo a que regresso. Neste cais está arrimado o barco que sonho em que voltei, neste cais eu encontrei a margem do outro lado, Grândola Vila Morena. Diz lá? Valeu a pena a travessia? Valeu pois! Pela vaga de fundo se sumiu o futuro histórico da minha classe, no fundo deste mar encontrarei os tesouros recuperados de mim, que estou a chegar do lado de lá para ir convosco, tesouros infindáveis que vos trago de longe e que são vossos, o meu canto e a palavra, o meu sonho é a luz que vem do fim do mundo, dos vossos antepassados que ainda não nasceram. A minha arte é estar aqui convosco e ser-vos alimento e companhia na viagem  para estar aqui de vez. Sou português, pequeno-burguês de origem, filho de professores primários, artista de variedades, compositor popular, aprendiz de feiticeiro. Faltam-me dentes, sou o Zé Mário Branco, 37 anos, do Porto, muito mais vivo que morto. Contai com isto de mim para cantar e para o resto.

(Fevereiro de 1979)


José Mário Branco - FMI



















sexta-feira, 24 de maio de 2019



SAB

Com 19 anos de idade confesso que ainda estava muito verde quanto ao meu futuro. A vida não era um mar de rosas mas tínhamos momentos únicos como quando partilhados com os nossos amigos de adolescência, nas nossas brincadeiras e aventuras, na escola ou fora dela. Acontecia no desporto, também, fosse na natação, no judo ou no futebol. Foi no futebol que cheguei a equipar o "jersey"  do SAB (SPORT ABRANTES E BENFICA), como juvenil, conforme faz fé esta foto tirada antes de  um jogo dos Distritais da Associação Distrital de Santarém, no dia 25-02-1979.


De pé: Sr. Fernando, Colaço, Ameixa, Sérgio,  Treinador Sr. Vítor, Vergílio, Coutinho (eu, portanto), Bioucas, Mano, Vale Matos, Pardal e o Sr. António.

Sentados: Rosado, Hélder, Madail, Penteado, Marito ,  Valadas, Víctor  e Soares.

Não me recordo do resultado. O importante foi o momento para mais tarde recordar e o orgulho de representar aquela instituição, pese embora ser o clube de coração o Sporting Clube de Portugal.

João Andarilho






LAUDA

Lembro-me das imagens do acidente de Niki Lauda na Alemanha. Vi em directo. Teria para aí uns 14 anos ou 15. Na altura era um apaixonado pela F1, quando havia serviço público de televisão e as transmissões eram em sinal aberto. Outros tempos, outras vontades. Fiquei chocado com o fogo desenfreado e não havia maneira de tirar o piloto de dentro do cokpit do bólide. Era uma corrida contra o tempo... finalmente alguns colegas conseguiram o impossível. Foi um alívio. Começava o seu grande-prémio contra a morte e só havia um desfecho: a vitória, a vida. Um mês e meio depois e depois de ter sido declarado morto, regressou às pistas  e só não ganhou o título por um ponto e porque não arriscou a vida no último grande-prémio da temporada disputado sob um grande vendaval, quando só precisava de ficar à frente de James Hunt. Desistiu logo na primeira volta e Hunt sagrou-se campeão. 
Lauda foi tri-campeão, dois pela Ferrari e o último pela McLaren, já depois do quase fatídico acidente que o marcou para o resto da vida.
Aos 70 anos, passou-se, pacificamente com aquela humildade que é característica dos grandes.

Fica em paz campeão!



João Lauda 

terça-feira, 21 de maio de 2019



A VIDA REVELADA…


Entre dois cheese-burguer´s e meio e meia dúzia de  pretinhas para hidratar, aconteceu magia. Da cartola saem coelhos e o mágico foi um tal de Sunderley, brasileiro de naturalidade, nascido no fim do mundo, no Paraná, no cu de judas. Com ascendentes portugueses, há dezasseis anos que resolveu adoptar como sua, a pátria de Camões. Assentou na Lourinhã, é camionista profissional e viaja por essa Europa até aos seus confins e regressa. 
Conversador por excelência e por natureza, como brasileiro que se preza, não foi preciso muito para desbocar as suas estórias de vida por esse asfalto.. e foi um deslumbramento! Tanto que a audiência se demorava um pouco mais para além do tempo de degustação das iguarias, na conhecida "Maria Bonita", ponto de encontro de estômagos vazios e secas goelas.
Tobias (two beer´s) para lá e Tobias (two beer´s) para cá, as horas passaram e era quase alvorecer quando a malta dispersou.
De novo, "Maria Bonita" foi mais além do que simples ponto de encontro para uma bejeca. Foi um momento de cultura, um momento de aprender-mos com outras experiências de vida.

Créditos: João Andarilho
Boa viajem Sunderley… Acá te esperamos companheiro.

João Andarilho





CARLÃO


Créditos (João Andarilho)

Foi um tempo de conversa com uma pitada musical aqui e ali, com que Carlão nos brindou Sábado, 18-05-2019, na Lourinhã. Uma conversa descontraída que mostrou o outro lado da pessoa e do profissional. Demonstrou o à vontade com que se sente perante uma plateia bem composta, moderada por entrevistador profissional, não defraudando as expectativas. 
No final, como nota negativa, a sua não presença para um pouco de confraternização com o público que o aguardava, quanto mais não seja para um autógrafo.

Todavia, no passa nada, amigos como sempre.

João Andarilho 

sábado, 18 de maio de 2019



DIA DOS MUSEUS


Hoje comemora-se o Dia dos Museus. Para quem pretende visitar os nossos museus, particularmente em Lisboa, relevante é a informação de que a maior parte deles é grátis aos Domingos.

Eis alguns onde vale a pena perder algum tempo da nossa curta existência:



MATT

O Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia é um dos museus mais recentes de Lisboa e um dos mais visitados da cidade. No seu interior cruza três áreas: descoberta, pensamento crítico e diálogo internacional; No seu exterior são milhares os que por lá passam para observar a beleza do edifício e a vista para o rio.

Preço: Grátis no primeiro domingo de cada mês. Nos outros dias o bilhete custa entre 5€ e 9€

Horários: Aberto das 11h00 às 19h00 todos os dias menos à terça-feira

Morada: Avenida Brasília, Belém



Museu do Fado




Aqui celebra-se o valor excecional do Fado como símbolo identificador da cidade de Lisboa, assim como o seu enraizamento profundo na tradição e história cultural do país.

Preço: Grátis dia 18 de maio, domingos e feriados de manhã. Restantes dias: 5€. Descontos aqui

Horários: De terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00

Morada: Largo do Chafariz de Dentro, Alfama



Museu da Água 

Conjunto de monumentos e edifícios, construídos entre os séculos XVIII e XIX, que representam um importante capítulo da história do abastecimento de água à cidade de Lisboa. Além das exposições, a visita inclui uma passagem pelo Aqueduto das Águas Livres, pelo reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras, pelas galerias subterrâneas do Aqueduto e ainda pela Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos.

Preço: Grátis no dia 18 de maio e no 1.º domingo de cada mês. Clica aqui para ver os preços

Horários: Todos os dias das 10h às 17h30

Morada: Rua do Alviela, 12, Santa Apolónia



Museu do Dinheiro 

Aqui vais fazer uma viagem pela história do dinheiro desde o seu aparecimento até aos nossos dias. Há atividades interativas e vários objetos nos quais podes tocar e agarrar, como uma barra de ouro. Só não vale levar! O que poderás levar de recordação é uma moeda ou nota com a tua cara.

Preço: Entrada livre

Horários: Aberto de quarta-feira a domingo das 10h00 às 18h00

Morada: Antiga Igreja de S. Julião, Largo de S.Julião, na Baixa-Chiado



Fundação Calouste Gulbenkian

Além de desenvolver várias atividades no campo da cultura, do ensino e da investigação científica, esta fundação alberga o Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, uma biblioteca de arte e um museu onde poderás ver várias exposições permanentes, mas também exposições temporárias. Uma das mais interessantes dos últimos tempos está patente até dia 10 de junho – ‘Cérebro mais vasto que o céu’. Depois da visita ao museu, aproveita para passear pelos lindos jardins da instituição, sobre os quais já te falei aqui.

Preço: Entrada gratuita aos domingos a partir das 14h00. Vê os preços dos restantes dias aqui

Horários: De quarta a segunda-feira das 10h00 às 18h00

Morada: Avenida de Berna, 45ª, Praça de Espanha



Museu Nacional de História Natural e da Ciência




Inclui espaços repletos de ciência e de história como é o caso do Laboratório Chimico, o Observatório Astronómico e o antigo Picadeiro do Colégio dos Nobres. Aqui vais encontrar diversas exposições e um largo conjunto de atividades que visam estimular a curiosidade e compreensão sobre a Natureza e a Ciência. Além disso o museu tem também um dos jardins mais bonitos de Lisboa, o Jardim Botânico. Até dia 19 de maio podes ver a World Press Photo neste museu.

Preço: Museu – 5 €; Museu + Jardim Botânico – 6 €; Jardim Botânico - 3€. Descontos para estudantes e seniores. Gratuito até aos 6 anos

Horários: De terça a sexta das 10h00 às 17h00, sábado e domingo das 11h00 às 18h00 / Jardim Botânico – De segunda a domingo das 9h00 às 20h00

Morada: Rua da Escola Politécnica, Príncipe Real



Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado

Este museu tem o maior acervo de arte contemporânea portuguesa. Aqui podes percorrer as mais belas obras de arte da história do nosso país. Conta com uma exposição permanente e várias exposições temporárias. Além das obras em exposição, a arquitetura do edifício que as alberga também é admirável.

Preço: Grátis dia 18 de maio e todos os domingos e feriados de manhã. Restantes dias: 4.5€

Horários: Aberto de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00

Morada: Rua Serpa Pinto, Chiado



Museu Nacional Nacional do Teatro e da Dança

Aqui podes passear pelas memórias da história do espetáculo em Portugal. O museu está instalado no Palácio Monteiro-Mor, um edifício do século XVIII, e alberga mais de 250 mil peças, entre trajes e adereços de cena, cenários, figurinhos, discos, partituras, e ainda 120 mil fotografias.

Preço: Entrada gratuita dia 18 de maio e todos os domingos de manhã. Restantes dias: 4€

Horários: Aberto de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00

Morada: Estrada do Lumiar, n.º10



Museu Fundação Oriente

Aqui podes visitar várias coleções de arte que demonstram não só as fortes ligações entre o Ocidente e o Oriente, como revisitar encontros históricos entre Portugal e a Ásia.

Preço: Grátis dia 18 de maio, aos domingos e às sextas das 18h00 às 22h00. Preços aqui

Horários: Aberto de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00. Às sextas-feiras encerra às 22h00

Morada: Avenida Brasília, Doca de Alcântara



Museu da Marioneta

Está instalado no Convento das Bernardas e conta a história da marioneta e a difusão do teatro de marionetas, não só da portuguesa, mas dos diferentes tipos de marionetas espalhados pelo mundo.

Preço: Gratuito dia 18 de maio e todos os domingos de manhã. Restantes dias: 5€

Horários: De terça-feira a domingo das 10h00 às 18h00

Morada: Rua da Esperança, Santos 

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Fonte: blog "Perdida por Lisboa"







domingo, 12 de maio de 2019



GLÓRIA


Hoje, 12-05-2019, quarenta e dois anos depois, o hóquei patins do Sporting Clube de Portugal, volta a conquistar a Taça dos Campeões Europeus da modalidade, desta feita sobre o Futebol Clube do Porto quando, então, tinha levado a melhor sobre a equipa espanhola do Villa Nueva.






Faziam parte dessa maravilhosa equipa, liderada pelo saudoso  Torcato Ferreira, Ramalhete, Rendeiro, Sobrinho, Chana e António Livramento. Na altura, com 15 anos de idade, sendo o Sporting o meu clube de coração, vibrei com a emoção apaixonada dos meus imberbes anos, ainda para mais numa modalidade que enchia de orgulho o país, uma vez que ombreava, em qualidade, com os espanhóis. Infelizmente, tirando o hóquei em patins, a nível de desporto e não só, éramos o atraso que recebemos como herança.



Ângelo Girão, Toni Pérez, Ferran Font, Vítor Hugo, Gonzalo Romero, os comandados de Paulo Freitas, são os novos Campeões Europeus da modalidade. 






O Sporting Clube de Portugal vence, assim, no espaço de uma semana, dois títulos de Campeão Europeu em duas modalidades diferentes já que, a semana passada tinha-o conseguido em Futsal. Estão duplamente de parabéns o clube, os sócios e adeptos, os seus dirigentes e o desporto português.



Tal como no futebol, faz-se notar que as conquistas quer a nível nacional quer a nível internacional têm muito a ver com a contratação de jogadores estrangeiros. Isso diz muito da falta de aposta nos jogadores das nossas formações e é preocupante.



Por último, não queria deixar de destacar a importância que a anterior direcção do clube, liderada por Bruno de Carvalho, dedicou às chamadas modalidade amadoras (campeãs em toda a linha na época transacta) e, principalmente, à edificação do magnífico João Rocha, Casa de Todas as Modalidades.



Parabéns à actual direcção, PARABÉNS SPORTING CLUBE DE PORTUGAL



João Leonino

sexta-feira, 10 de maio de 2019



EMIGRAÇÃO


A simpática medida de redução da tributação, em sede de IRS, para os emigrantes que queiram regressar, começa a dar os seus frutos. 170 anos após ter deixado território luso é notícia a entrada de um velho e outrora comum habitante de Portugal. O Senhor Urso Pardo que, certamente aconselhado por Centeno, "deu à costa", como soi dizer-se. Foi avistado no Parque Natural de Montesinho de acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas.
A pergunta que se impõe, todavia, é se o bravo animal se sentirá aliciado o suficiente para por cá permanecer uma vez que, mesmo com a dita redução, em Portugal continua a pagar impostos de gente rica.
O Centeno que deixe de ser urso e aplique ao caso concreto, a isenção total. O país agradece e o resto dos ursos também.



João Andarilho

quinta-feira, 9 de maio de 2019



ZOO

Fez 130 anos no passado dia 28 de Maio, data que me dá arrepios, o Jardim Zoológico de Lisboa. Nasceu em 1884, numa época em que reinava D. Fernando II. Segundo rezam as crónicas, foi o primeiro Jardim Zoológico com Jardim Botânico da Península Ibérica e assentou, primeiramente, na Palhavã e no Parque de São Sebastião da Pedreira. Em 1905 transferiu-se para sua actual localização, em Sete Rios. Das 50 espécies iniciais, transformou-se no actual  moderno e renovado parque, com cerca de 2000 espécimes e com a particularidade de ter uma das maiores taxas de natalidade da Europa.
Ao menos nisto da natalidade no mundo animal não nos temos por queixosos. Sinal de que tempos felizes e abastados são apanágio da nossa bicharada. Que inveja destes nossos amigos de várias patas, vertebrados e invertebrados, objecto de mimos e mordomias, direitos que são sonegados aos outros bichos, nosotros, que sobrevivem no dia a dia, com a corda na garganta e com futuro incerto. Certo, mesmo, é a tendência para a baixa natalidade na nossa espécie.
O melhor mesmo é arrendar uma jaulazita acolhedora no meio da macacada e brincar ao carnaval, ou, se for temerário, passar uma semanita no "Solar dos Leões".

Autor: Alves Gaspar
A visita ao nosso zoo Lisboeta representa um acontecimento. Local aprazível onde podemos vislumbrar todo o género de fauna animal. É também através do intercâmbio com congéneres europeias e mundiais, que muitas espécies em perigo de extinção são reproduzidas em cativeiro, havendo trocas de animais entre diversos zoos mundiais.
Por isso, não vá ao shopping, procure a companhia destes nossos amiguinhos e invista em si. 

João Attemborough

74° Aniversário 

Da Vitória sobre o nazi-fascismo...


20 000 000 de mortos sofridos pela URSS...

Lembrar para não voltar a repetir.

João Andarilho 

quarta-feira, 8 de maio de 2019


A CASA DA DEMOCRACIA


No meio do esterco ninguém cheira mal



Reconheço que ninguém me pode acusar de ser parcial, porque efectivamente sou. Felizmente tenho as minhas convicções e elas são o fruto do entendimento que faço da realidade que me cerca. Tenho um espírito crítico e isso leva-me a aperfeiçoar as minhas convicções, fortalecendo-as. Daí ser-me fácil distrinçar o que entendo ser e com toda a subjectividade, a melhor  politica que possa servir os interesses do país e do nosso povo. Nessa perspectiva toda a política que tem sido posta em prática desde a adesão à CEE e posteriormente à  UE e a integração na UEM, quer dizer, ao €, teve dramáticas consequências para o nosso povo, deixando Portugal de ser um país independente e passar a ser completamente dependente de Bruxelas e dos ditames da dita UEM e do Euro.
Na minha perspectiva, há que romper com estas políticas de estrangulamento e para isso temos de sair da UEM e voltar a ter a nossa moeda e o controlo da nossa economia. Por isso deverem ser importantes as eleições para o parlamento europeu e o reforço do papel do grupo que  promove a intenção de libertação do jugo do Euro e das políticas das grandes potencias europeias que vêm esmifrando a nossa economia e pauperizando o nosso povo. 
Para isso é necessário, também, o reforço da representação parlamentar na AR, das forças progressistas que combatem este flagelo da UEM e do Euro,  que são patrocinadas pelos partidos do chamado arco da governação (chamar-lhe-ia, arco da corrupção), protagonizadas, desde o 25 de Novembro de 1975, pelo PS, PPD/PSD e CDS-PP. 


Houve alguém que escreveu:

"Quando você morre não sabe que está morto, mas os outros sofrem. O mesmo acontece quando você é idiota."

Por mim vou tentar não parecer o que muitos são para que menos gente sofra.

João Andarilho 


terça-feira, 7 de maio de 2019


VAMOS AO CIRCO

Noto no dia a dia, que há bastante menos trânsito automóvel nas ruas da capital e, inversamente, mais gente, muito mais, nos transportes públicos. Isto é um dado extremamente positivo e que vai de encontro a uma política de desincentivo do uso do automóvel particular. A consequência imediata é a diminuição da poluição ambiental.
Mas chegados aqui, outra questão se põe. Se o serviço público e privado de transportes já era velho, degradado, com falta de manutenção e deficiência de trabalhadores nos sectores da manutenção, de motoristas/maquinistas e de pessoal diverso, acho que é urgente capacitar as empresas públicas de meios humanos e materiais para que se possa dar resposta ao extraordinário aumento de utentes. Toda a gente vê que, políticas de humanização, de socialização, de investimento nas pessoas dão resultado e retorno para as contas do Estado. Só os cretinos que nos têm governado desde quase sempre é que não querem ver. 

Carruagem do Metro de Moscovo
Isso leva à conclusão óbvia, de que é contraproducente para a democracia a existência de governos apoiados por maiorias absolutas de deputados na AR. Para haver um efectivo controlo da acção governativa, assim deverá acontecer, apesar do jogo de circo que esta semana se tem verificado, com palhaços, palhaçadas, jogos de cintura e cambalhotas por parte dos partidos do chamado "arco de governação". Até dói.


João Operário

quinta-feira, 2 de maio de 2019



MARATONA


É uma corrida realizada na distância de 42,195 km. A mais longa disciplina do atletismo nos Jogos Olímpicos. Há-as para todos os gostos, mais planas, menos planas, acidentadas e até em trilhos. Em Portugal temos duas… quer dizer, tinha-mos duas, Porto e Lisboa. No passado dia 28 de Abril teve lugar a 1ª edição da designada Maratona da Europa em Aveiro. Apareceu com grande publicidade e uma das tv´s associou-se e deu um empurrão. Não sei se o empurrão foi suficiente para pôr a organização do evento nos carris de futuras edições.
 A ver vamos.
O facto é que participei, como maratonista experimentado que sou e disso tenho orgulho. Foi a minha 19ª, portanto. Independentemente do tempo final, o qual já não releva tanto para o meu ego, o relevo mesmo vai para a cada vez maior quantidade de povo que se presta à prática da corrida. Mulheres e homens de todas as idades já não têm o acanhamento que havia há vinte e poucos anos, quando comecei a praticar esta modalidade.
Todavia noto que o nível de apoio popular ao longo do percurso é bastante diminuto, ao contrário do que se passa noutros países ditos mais evoluídos, em que a adesão ao longo do percurso é contínua e torna-se um incentivo importante para o desempenho dos atletas. O grau de envolvimento e apoio popular devem ter necessariamente a ver com o nível de desenvolvimento desportivo de um país, necessariamente. Se comparar-mos o desporto escolar e a sua promoção nos diversos países em comparação com o nosso, o nosso é "bola", parafraseando um treinador conceituado do nosso futebol. 
Acá pratica-se mais desporto de sofá e a modalidade de sofá mais em foco é o "smartphone", com grandes expectativas de crescimento.


Aposto que um dia se se fizer uma maratona de praticantes de "smartes", iremos ter recordes de participantes com uma abnegada falange de apoio ao longos dos passeios da maratona.


João Maratonista (mesmo)

quarta-feira, 1 de maio de 2019



CORRIDA INTERNACIONAL DO 1° DE MAIO



Com partida e chegada no Estádio 1° de Maio, realizou-se hoje a edição n° 38 da Corrida Internacional do 1° de Maio, na cidade de Lisboa.
Como habitualmente, a adesão maciça de atletas é apanágio desta corrida, que percorre as artérias centrais da cidade, com os últimos 7 kms em modo de subida, o que representa um redobrado esforço aos participantes. 
Um dos " habitués ", nesta corrida, é  o ex: preso político, Eugénio Ruivo, libertado do Estabelecimento Prisional de Caxias no dia 25 de Abril de 1974. Homem de grandes convicções, desportista, licenciado e grande humanista, não se coibe de, ano após ano, correr mostrando um "placar " onde é exposta a sua fotografia no momento em que é libertado de Caxias, no próprio dia da revolução. Com a particularidade de o fazer com a camisola que, na altura, envergava.
Corre desta maneira, também, para mostrar às gerações mais novas que, um dia, ouve uma grande noite que amordaçou o país e que essa noite pode voltar se as pessoas não despertarem. 

VIVA O 1° DE MAIO 

João Zatopeck 


1º DE MAIO

Com excepção dos serviços considerados imprescindíveis ao bem estar da população, do pingo-doce, do liedl e do continente, hoje é feriado comemorativo do trabalhador, de mim, de ti dos teus filhos trabalhadores, da tua esposa trabalhadora. Por isso, a excepção devia ser a regra. Comemora-se, assim, a instituição de regras laborais que vieram para dignificar o trabalho e que tiveram origem na luta dos trabalhadores americanos nos idos anos da década de 80 do século XIX.

Para ilustrar sumariamente a origem deste dia de comemoração, eis o seguinte link: 


Triste, mas é inconcebível que os trabalhadores daquelas superfícies supra indicadas terem tido necessidade de convocar uma greve no 1º de Maio, para conseguirem comemorar tal dia como qualquer outro trabalhador deste país.

Já agora, evite ter de ir ao supermercado, hoje. É o seu dia, vá apanhar sol, vá comemorar, vá correr. Liberte-se...

VIVA O 1º DE MAIO - DIA INTERNACIONAL DO TRABALHADOR

João Operário

  SÃO JOÃO   "23.6 À meia noite de hoje (ontem) acendem-se os fogos. A multidão reúne-se em redor das altas fogueiras. Nesta noite limp...