sexta-feira, 29 de março de 2019




A ESTÁTUA DE D. JOSÉ I (segundo Raúl Proença)

« A estátua de D. José I no Terreiro do Paço - conhecido pelos ingleses como Black Horse Square -, é do cinzel do grande escultor Machado de Castro e foi fundida no Arsenal do Exército, a um só jacto, em 15 de Outubro de 1774, sob a direcção do Tenente-General Bartolomeu da Costa (que viria a ter problemas em assistir à inauguração), tendo sido, inclusive, a primeira estátua a ser fundida em bronze em Portugal.

Só a operação de montagem da estátua demorou cerca de 15 dias, contando com 3 dias e meio só para o seu transporte desde o Arsenal para o Terreiro do Paço (a 22 de Maio de 1775, em carro puxado por mais de 1.000 pessoas, entre as quais muitas das colunáveis de então), tendo sido colocada no pedestal no dia 2 de Junto de 1775, e inaugurada oficialmente no dia 6 de Junho de 1775.




A estátua de D.José I pesa 29.731 Kg resultantes de 38.564 Kg de bronze fundido (derretido em 28h), que demoraram 8 minutos a preencher o respectivo molde. A estátua mede 6,93 metros de altura.

O monumento mede 14 metros de altura no seu todo. O pedestal é feito em pedra de lioz, de Pero Pinheiro, e é composto de dois grupos alegóricos, o Triunfo e a Fama. A frente do pedestal tem as armas de D.José I, e sob estas um medalhão com efíge do Marquês de Pombal, em bronze, com uma inscrição em latim (Cenáculo), tendo o mesmo sido retirado em 1777 por ordem de Dona Maria, depois da «queda» do Marquês; e reposto no seu lugar em 1823. A Norte tem uma alegoria em baixo-relevo sobre a "Generosidade Régia", que fez reerguer Lisboa das cinzas e das ruínas


Já agora, está virada para Ceuta segundo li na "História do Cerco de Lisboa" de José Saramago.

João Olíssipus

quinta-feira, 28 de março de 2019



ALAMEDA DAS LINHAS DE TORRES


A Alameda das Linhas de Torres é uma artéria da cidade de Lisboa, que vai do Campo Grande à Estrada da Torre e deu à luz pelo Edital Municipal de 07-08-1911, na artéria que era, então, a Alameda do Lumiar e em evocação às Linhas de Torres Vedras e homenagem aos combatentes que nelas participaram.

Linhas estas que constituíram muralhas defensivas destinadas a impedir a invasão da capital pelas tropas de Napoleão no século XIX.

Ao passar-se pela dita artéria e no seu início existem alguns edifícios que fazem sonhar outras épocas, saltando à vista o aspecto apalacetado característico do século XIX, início do século XX, de algumas delas.










É o caso do Vila Sousa, palacete Arte Nova, prémio Valmor de 1912, em ruínas desde que o conheço, da autoria do arquitecto Norte Júnior. A fachada está decorada com riquíssimos pormenores decorativos que se mantém bastante conservados e é um deleite para quem a observa.
Não consigo compreender e muito menos nesta caso particular, como é possível tal palacete continuar em ruínas dado o seu valor arquitectónico e cultural? Dá para entender?













Do outro lado da rua, no nº 45, existe um pequeno edifício que alberga, ou albergava a Academia Musical Joaquim Xavier Pinheiro, centenária ao que julgo saber e que se torna singular por ser um edifício pequeno quase engolido pelas dimensões das edificações vizinhas.







Cinquenta metros mais à frente e junto ao Magriço, encontramos uma pequena estatueta em homenagem a Francisco Stromp, fundador do Sporting Clube de Portugal e seu atleta. 







Junto à rua com o seu nome, encontra-se afixado um painel gigantesco onde está figurado, na enorme fachada de um edifício.








Esta zona da cidade e particularmente a sua Alameda das Linhas de Torres, em tempos idos arrabalde e somente Alameda do Lumiar, constituíam quintas para onde iam passear e morar gentes abastadas da nossa cidade «por ser o ar puro e bom.»

Todos os dias tropeçamos em estórias e na história das nossas cidades e do nosso país. Paremos um pouco, observemos e olhemos o quotidiano com olhos de ver. 

Boas andanças.

João Andarilho

quarta-feira, 27 de março de 2019



HIGIENE ORAL

Li que o jornal regional "Sem Mais" de Setúbal noticiou que, segundo o Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, existirão em Setúbal 13% de desdentados. 13% de pessoas que, por dificuldades financeiras, não preservaram convenientemente a sua higiene oral não possuindo sequer um dentinho para amostra.

Não sei qual a percentagem a nível nacional mas, pela amostra de quem vê TV e se depara com as digníssimas cremalheiras que besuntam os nossos écrans o nível não deve ser inferior.

Mas, ao contrário da notícia em epígrafe, penso que não deve ser unicamente a falta de "cumbu" o motivo para tanto desleixo porque nos deparamos com gente cheio dele e bem posicionada na sociedade que em vez de se rir ou falar, devia era estar caladinha...ó se devia.



João Estomatologista



MICRO

Num país micro fui dar um micro passeio após o almoço, para "desmoer". Passei por uma rua micro que tinha num dos seus passeios, uma microbiblioteca, que achei uma ideia micro gira. Ora observem. 



Conclusão: os livros não se medem aos palmos.

João Branquinho da Fonseca 

terça-feira, 26 de março de 2019



JUGOSLÁVIA 


Fez Domingo 20 anos que a NATO começou a bombardear a Jugoslávia, um país soberano, a primeira vez que tal sucedia desde a II Guerra Mundial,  no continente europeu. 
Durante 78 dias, de 24 de Março a 7 de Junho, aviões da NATO, fizeram 38 mil incursões sobre a Jugoslávia tendo sido empregues mais de 23 mil bombas e mísseis, muitos deles equipados com urânio empobrecido, altamente cancerígeno.
Os ataques aéreos provocaram milhares de mortos entre os quais milhares de civis e dezenas de milhares de feridos, deixando o país em ruínas.
As radiações libertadas por essas bombas com urânio empobrecido provocaram e continuam a provocar um número indeterminado de vítimas mortais. Esta é a conta criminosa que nenhum dos implicados nos ataques aceita receber até hoje.
Tal substância poluiu o pais. Há até uma cidade na Sérvia,  Vranje, que tem uma rua que se chama a Rua da Morte. Depois de Hiroshima e Nagasaki, tornou-se a terceira cidade a ser atingida por armas nucleares.
Os responsáveis deste crime estão vivos mas nunca serão julgados. São eles os dirigentes da NATO, o presidente americano Clinton, o PM inglês Tony Blair e a Secretária de Estado americana, Madeleine Albright. 
Foi apresentada queixa contra esta agressão ainda durante o decurso da mesma junto do Tribunal Internacional de Justiça em Haia, porém foi liminarmente rejeitada. 
A impunidade favorece os criminosos como aconteceu na Líbia e no Iraque e hoje em dia e ainda esta noite na Palestina ocupada, concretamente na Faixa de Gaza. Os criminosos continuam o seu caminho sem que o mundo se oponha à barbárie e com isso constituir-se cúmplice em tais actos.
Tenho como certeza que não muito faltará para que esta escalada criminosa atinja proporções tais que a própria vida no planeta seja posta em causa.

Sobrevindo a morte ao menos que seja rápida. Até lá continuemos a assobiar para o lado e a discutir novelas e o pontapé na bola.

João Sereno

segunda-feira, 25 de março de 2019



NOSCE TE IPSUM


O conhecimento é infinito e a vontade de conhecer é tanta que até dói. Qual a capacidade de aquisição de conhecimento que a mente pode alcançar? Infinita! A tua curiosidade leva-te sempre a alcançar mais e quanto mais conheces mais te sentes ignorante. É uma benção da Criação e, tal benção, é um objectivo da vida, ao contrário és um falhado, passaste por ela, não a sentiste.

João Andarilho


"Sou definitivamente contra o definido, por que o definido é o bastante e o bastante não basta"

Fernando Pessoa

domingo, 24 de março de 2019



CHUCK




Deep down in Louisiana close to New Orleans Way back up in the woods among the evergreens There stood a log cabin made of earth and wood Where lived a country boy named Johnny B. Goode Who never ever learned to read or write so well But he could play a guitar just like a-ringin' a bell Go go Go Johnny go go Go Johnny go go Go Johnny go go Go Johnny go go Johnny B. Goode He used to carry his guitar in a gunny sack Go sit beneath the tree by the railroad track Oh, the engineers would see him sitting in the shade Strumming with the rhythm that the drivers made People passing by they would stop and say "Oh my what that little country boy could play" Go go Go Johnny go go Go Johnny go go Go Johnny go go Go Johnny go go Johnny B. Goode His mother told him "someday you will be a man And you will be the leader of a big old band Many people coming from miles around To hear you play your music when the sun go down Maybe someday your name will be in lights Saying "Johnny B. Goode tonight" Go go Go Johnny go Go go go Johnny Go go go Johnny go Go go go Johnny go Go Johnny B. Goode

quinta-feira, 21 de março de 2019



HUMBOLDT


Stephen Hawking afirmou, pouco tempo antes de falecer, que teremos que colonizar outros planetas para evitar o desaparecimento da raça humana.

Tal como afirmou a historiadora alemã, Andrea Wulf, também penso que não quereria fazer parte dessa espécie humana que necessitaria de se ir para outros planetas para poder sobreviver, « pois que não existe plano B e que adora este maravilhoso planeta azul, não se vendo a viver encerrada num ambiente de bola de cristal. »

Recentemente publicou uma biografia do maior naturalista e cientista de sempre, Alexander Von Humboldt, na sua "A Invenção da Natureza".  Nascido na Prússia em 1769 e falecido em 1859, Humboldt é o cientista esquecido. «Está na origem de nomes de cidades, rios, cordilheiras montanhosas, uma corrente oceânica, um pinguim, uma lula gigante e até o Mare Humboldtianum, na Lua. Penetrou em florestas tropicais, subiu aos vulcões mais altos do mundo e inspirou príncipes e presidentes, cientistas e poetas. Napoleão invejava-o, a revolução de Bolívar foi alimentada pelas sua ideias e Darwin zarpou a bordo do "Beagle", por causa dele. Foi descrito por um contemporâneo como «o maior homem desde o Dilúvio.»
Previu as mudanças climáticas induzidas pela acção humana no século XIX, revolucionou e moldou a ciência, a conservação, a escrita sobre a Natureza, a política, a arte e a teoria da evolução. Queria conhecer e compreender tudo e a sua maneira de pensar era tão avançada para o seu tempo que só agora é compreendida. Inventou a maneira como vemos a natureza.»

Naturgemälde

É o pai da ecologia e da infografia, um cientista de curiosidade insaciável que insistia em que não devíamos deixar de lado as nossas emoções e a nossa imaginação na hora de entender a natureza como um todo interrelacionado. A sua influência em figuras como Darwin, Thoreau, Jefferson e Goethe, foi decisiva.

Se queremos derrotar o obscurantismo a superstição e o poder da velha igreja, devemos abraçar a ciência, a experiência, a observação, a vontade de saber como fez Humboldt.

É uma biografia fascinante que obriga a procurar e a ler a obra que nos deixou, que deixou à Humanidade. A quem queira compreender Humboldt e a natureza e ensinamentos da sua obra, deverá começar por ler esta magnífica biografia deste extraordinário cientista. Fica amarrado para o resto da vida.

João Naturalista

quarta-feira, 20 de março de 2019





COMUNA DE PARIS




Há 148 anos foi a Comuna de Paris.
Ficaram registadas as palavras de Lénine ditas 40 anos após a extraordinária experiência da chamada primeira república proletária da História: 


« A causa da Comuna é a causa da revolução social, é a causa da completa emancipação política e económica dos trabalhadores, é a causa do proletariado mundial. E nesse sentido é imortal. »


Foi o primeiro governo operário da história, formado em 1871, na sequência da resistência à invasão da França pelo Reino da Prússia e adoptou uma política de carácter socialista. De acordo com Marx e Engels,  a Comuna de Paris foi um exemplo da ditadura do proletariado. 

Coluna Vendôme
Concretamente em que se consubstanciou este governo do operariado e do proletariado. Que acções foram tomadas durante os 72 dias que durou esta extraordinária experiência? Em semanas, a Comuna de Paris introduziu mais reformas do que todos os governos nos dois séculos anteriores juntos, ou seja:


- O trabalho noturno foi abolido;
- Oficinas que estavam fechadas foram abertas para que cooperativas fossem instaladas;
- Residências vazias foram desapropriadas e ocupadas;
- Em cada residência oficial foi instalado um comité para organizar a ocupação de moradias;
- Todos os descontos em salários foram abolidos;
- A jornada de trabalho foi reduzida e chegou a propor-se a jornada de 8 horas;
- O sindicatos foram legalizados;
- Instituiu-se a igualdade entre os sexos;
- Projectou-se a autogestão das fábricas (mas não foi possível implantá-la);
- O monopólio da lei pelos advogados, o juramento judicial e os honorários foram abolidos;
- Testamentos, adopções e a contratação de advogados, tornaram-se gratuitos;
- O casamento tornou-se gratuito e simplificado;
- A pena de morte foi abolida;
- O cargo de Juiz tornou-se electivo;
- O calendário revolucionário foi de novo adoptado;
- O Estado e a igreja foram separados;
- A igreja deixou de ser subvencionada pelo Estado e os espólios sem herdeiros foram confiscados pelo Estado;
- A educação passou a ser gratuita, laica e obrigatória;
- Foram criadas escolas noturnas e todas as escolas passaram a ser de frequência mista;
- Imagens santas foram derretidas e sociedades de discussão foram criadas nas igrejas;
- A igreja de Brea, erguida em memória de um dos homens envolvidos na repressão da revolução de 1848, foi demolida;
- O confessionário de Luís XVI e a coluna Vendôme também;
- A Bandeira Vermelha foi adoptada como símbolo da Unidade Federal da Humanidade;
- O internacionalismo foi posto em prática: o facto de se ser estrangeiro tornou-se irrelevante;
- Os integrantes da Comuna de Paris, incluíam belgas, italianos, polacos e húngaros;
- Instituiu-se um gabinete central de imprensa;
- Emitiu-se um apelo à Associação Internacional dos Trabalhadores;
- O serviço militar obrigatório e o exército regular foram abolidos;
- Todas as finanças foram reorganizadas, incluindo os correios, a assistência pública e os telégrafos;
- Havia um plano para a rotação dos trabalhadores;
- Considerou-se instituir uma Escola Nacional de Serviço Público, da qual a actual ENA francesa é uma cópia;
- Os artistas passaram a auto-gerir os teatros e as editoras;
- O salário dos professores foi duplicado;
- A previdência Social foi instituída;


72 dias, foi o tempo que durou esta experiência, derrubada pela burguesia e pelo governo conservador de capitulação ante os prussianos e através de massacres dos trabalhadores e operariado. 


***
Cento e três anos depois e durante 19 meses, vivenciou-se uma experiência baseada nas acções da Comuna de Paris, em Portugal, após o derrube da longa ditadura que prolongou a lenta agonia de um povo, durante longos 48 anos. Não houve massacres, mas a contra-revolução foi apoiada financeiramente pela CIA e pelo Império do Mal e intra-muros, pelos sectores retrógrados da sociedade e da igreja. Todavia, esta é uma história que dá pano para mangas e versões para todos os gostos.

João Vermelho




domingo, 17 de março de 2019




O SEXTO SENTIDO

O corpo humano está capacitado com cinco sentidos: visão, audição, paladar, tacto e olfato. 
Porém, ontem, 16 de Março, poderei acrescentar um mais, o sexto. Porquê?
Fui ver a actuação do português Frankie Chavez, ao auditório AMAL, na Lourinhã e, desde os primeiros acordes, o sexto sentido alertou- me para que ia assistir a um concerto fantástico.  Francamente aconteceu isso e melhor. O moço é um virtuoso da guitarra, canta só em inglês e tem uma boa voz. Mas o que consegue extrair da panóplia de guitarras com que nos brindou, é  fantástico. A melhor sensação da noite para mim, foi a interpretação muito pessoal que tirou do famoso tema de John Lennon, Come Together.
Ao longo do concerto e para melhor apreciar as vibrações sonoras que nasciam daquele virtuoso dedilhar, desligava quatro sentidos e mantinha um único, a audição e era o que bastava.
 Não sou conhecedor do seu trabalho mas fiquei fiel e vou começar a seguir nosso guitarrista.


Cheers Frankie, my friend. 






João Slide 


sábado, 16 de março de 2019




FOOLISH


Dont´t be foolish.
Há um milénio atrás, se adoecesses, provavelmente o padre do teu povoado dir-te-ia que tinhas provocado a ira de Deus e que, para recuperares a saúde, deverias doar qualquer coisa à igreja, fazer uma peregrinação a algum local sagrado e rezar com fervor a Deus e pedir-lhe perdão. Ou, por outro lado, a bruxa do povoado explicar-te-ia que estavas possuído por um demónio e que ela podia expulsá-lo com cânticos, danças e sangue de um galo preto.

Hoje, se adoeces e dependendo do credo, continuas a ouvir as mesmas balelas, a doar o que não tens e não haverá bruxa que te safe.
Porém, se fores uma pessoa normal, provavelmente vais ter que ir à urgência, pagar uma taxa moderadora num hospital público, marcares uma consulta e na melhor das hipóteses para daqui a dois meses. No hospital privado (subsidiado por todos nós à custa das PPP´s e transferência de recursos do público, etc.), se tiveres a ADSE, provavelmente não têm calendário, se tiveres seguro de saúde, é para amanhã e se pagares a pronto é já a seguir.


Vivemos num mundo filho da p... e, tal como sempre, o clero a nobreza e o povo continuam actuais travestidos com outros panos feitos à medida.

Viva o carnaval.

João Andarilho

sexta-feira, 15 de março de 2019



COLONIZAÇÃO ESPANHOLA DA AMÉRICA DO SUL

A colonização espanhola na América do Sul foi brutal, sanguinária, esclavagista e predatória das riquezas naturais desse continente. Para além de vastas regiões onde a natureza foi destruída e tornada estéril pela introdução da mocultura  e cultivo de espécies predatórias, os espanhóis promoveram a escravatura, nomeadamente dos indígenas que eram tratados como autênticos animais pelos espanhóis, colonos e particularmente pelos missionários que de cristianismo nada tinham.
Além do mais foi implementada uma segregação da população local dividida entre crioulos ricos e os indígenas escravos sem direitos. 
Todo o continente sul americano colonizado pela coroa espanhola era governado com mão de ferro, onde as riquezas eram exploradas até à exaustão em proveito da metrópole, deixando exauridas as antes férteis planícies e planaltos de terras férteis e florestas, bem como as minas. Províncias inteiras foram transformadas em desertos, levando à destruição deste vasto continente pelos seus conquistadores.
As colónias espanholas estavam divididas em quatro vice-reinos e albergavam 17 milhões de pessoas. Para se ter uma ideia da dimensão destas possessões, havia o vice-reino Nova Espanha, que incluía o México, partes da Califórnia e da América Central, enquanto o Vice-Reino da Nova Granada se espalhava pela zona norte da América do sul, cobrindo sensivelmente os actuais Panamá, Equador e Colômbia, bem como partes do noroeste brasileiro e a Costa Rica. Mais para sul, situava-se o Vice-Reino do Peru bem como o Vice-Reino do Rio da La Plata, com Buenos Aires como sua capital, abrangendo partes do que é actualmente a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. Havia também as capitanias-gerais como as da Venezuela, Chile e Cuba. Era um vasto império que alimentou a economia da coroa espanhola durante cerca de três séculos.

***

SIMÓN BOLÍVAR

Com as guerras napoleónicas a afectarem o continente europeu e particularmente com a invasão de Espanha pelo exército francês e a deposição do Rei Fernando VII em favor do próprio irmão do Imperador Napoleão Bonaparte, a Espanha encontrava-se numa situação de grande fragilidade o que veio a afectar as suas colónias da América do Sul. 
Disso se veio a aproveitar um jovem crioulo filho de crioulos ricos imbuído de um espírito extremamente crítico em relação à colonização espanhola, de nome Simón Bolívar. 
Simón Bolívar, regressado da Europa, nomeadamente de Paris onde conviveu com a elite das ciências, esclarecida e particularmente com o renomado cientista, explorador e profundo conhecedor dos povos, da geografia, da agricultura das colónias da América latina, Alexander Von Humboldt e esclarecido que estava sobre a opressão dos povos sul americanos pelos espanhóis, decidiu pegar em armas e lutar pela independência de todo o vasto território continental sob o domínio castelhano.


Tinha um temperamento difícil, ora acessível ora despótico, não se coibindo de promover uma guerra sem quartel contra os realistas e espanhóis, assassinando todos os espanhóis que se lhe atravessassem, incluindo mulheres e crianças. Era um déspota sanguinário. Todavia, foi derivado a esta aura de sanguinário, que conseguiu ocupar vasto território por abandono voluntário dos assustados exércitos espanhóis. Estes vastos territórios depois de libertados por Bolívar, foram, porém pasto de uma guerra civil entre os crioulos, catalogados de ricos e os indígenas arregimentados por colonos, consequência da profunda divisão rácica promovida pelo espanhóis ao longo dos séculos. Com vitórias e com derrotas, com avanços e recuos, a luta pela libertação dos povos sob domínio espanhol e a sua independência foi conseguida ao fim de muitos anos de luta. Bolívar ficou, assim eternizado em toda a américa latina como o grande revolucionário e visionista, cuja ambição era a libertação de todos os povos sob domínio espanhol na américa do sul.

ESTADOS UNIDOS

Contra esta ideia de independência e aglutinação num só país de todos os povos libertados do jugo espanhol, formando um poderoso e formidável concorrente, estavam os líderes dos Estados Unidos da América do Norte, jovem nação, recentemente saída da sua guerra civil, nomeadamente o presidente Jefferson e os seus sucessores. Não deixa de ser curiosa a acção desta potência imperialista ao longo dos séculos para com os povos da américa central e do sul, promovendo guerras civis, depondo e impondo presidentes e regimes a seu belo prazer e de acordo com os seus interesses. Hoje em dia esta política continua como é o caso da recente tentativa de ingerência num país soberano, a República Bolivariana da Venezuela e país natal de Bolívar, riquíssimo, com as maiores reservas de petróleo do planeta, cuja controle está a escapar ao chamado império do mal.
Se virmos bem, a actualidade política, social e militar que norteiam as nossas sociedades, tudo tem a ver com o que herdámos de conflitos e geo-política ao longo dos séculos. Tudo está interligado. Só não sabemos como é que vai terminar.

Acreditando na reencarnação estou esperançoso que na próxima vinda a este mundo, a existência de déspotas, desigualdades, guerras e quejandos, seja uma reminiscência longínqua e esquecida.

Insha´Allah

João profeta

quinta-feira, 14 de março de 2019




ZOMBIES

São mortos-vivos por definição e resultam da reanimação de um cadáver. Quando oiço falar desta figura, logo me lembro do vídeo-clip (era assim que se chamava há uns anitos) do Michael Jackson no fabuloso "Thriller".


Quando diariamente  saio de casa até chegar ao meu destino, sou cercado autenticamente por quais zombies, figuras aparentemente humanas mas efectivamente metamorfoseadas, em função de um objecto que eu qualificaria de demoníaco/satânico, do qual não desviam o olhar nem para mijar!
Falo do diabólico "smartphone" ou telemóvel, uns mais pequenos outros de dimensões mais avantajadas  e que já constituem autenticamente um apêndice, qual barbatana de tais criaturas titubeantes!

Anormalmente, nós, gente ainda sã, devemos ter que nos desviar destas criaturas sob pena de abalroamento na certa ou de, hilariantemente, sermos injuriados por não termos prestado atenção ao nosso caminho!


Por sorte um dia destes, em plena passadeira de uma rua da nossa capital, não fui abalroado por uma zombie que ia perdidamente a usar o tal apêndice ao mesmo tempo que conduzia. Estive mesmo para dar uma cambalhota sobre o capô!

Este mundo anda louco! As pessoas não enxergam o ridículo! Isto é o espelho de uma sociedade alienada! sedada! descomprometida e violada!

Por ZEUS acordai ó coiso e tais!

João flipado

quarta-feira, 13 de março de 2019




IKEA


Fui ao IKEA. Já lá não ia há "canos". Não gosto do IKEA, não é nosso, não condiz connosco, portugueses. É um conceito estranho, claustrofóbico, direcionado. Percorremos aqueles labirintos obrigados. Por fim, aquilo que pretendíamos está no fim da linha de montagem, bolas!. Não havia necessidade.
De bom, para mim, resultou que me obrigaram a palmilhar "quilómetros", sem hipóteses de dar meia-volta, para sair junto à caixa registadora e isso fez-me mexer com a parte cardíaca e exercitar os músculos das pernas. Saí de lá com o treino quase feito.



De repente lembrei-me. "Olha lá, como é que a Xistarca ainda se não lembrou de organizar um prova de atletismo dentro destes labirintos?" Seria uma óptima promoção para o desporto e para a marca! Quilómetros não faltam e até se perfazerem 10 Kms, pode-se realizar o percurso por mais de uma vez! Até um trail é viável! Material para se subir e rastejar, por lá não falta!
Vou propor a empreitada e não cobro comissão!


Boas corridas "amici"

João Zatopeck

segunda-feira, 11 de março de 2019




A CONSCIÊNCIA


Já tinha visto o filme anteriormente, ontem passava num dos canais de filmes e séries da cabo e revi-o a espaços.
Intitula-se "Unfaithful" e tem como protagonistas, Diane Lane (Connie Sumner) e Richard Gere (Edward). Como o título indica o enredo tem a ver  com a infidelidade, neste caso, da esposa, a suspeita e confirmação dessa infidelidade por parte do marido, um momento insane, o assassínio, o confronto e o amor. Por fim o filho,  a impossível fuga, o muro da consciência e a dignidade a chegarem-se à frente.


Final poderosíssimo num filme magistral interpretado por dois monstros do cinema contemporâneo.

A não perder.

João Cinéfilo

domingo, 10 de março de 2019




WEIMARANER (II)


Fui, então, procurar informação acerca desta criatura e conclui que tem um comportamento dócil e é profundamente ligado à sua família humana, sempre disposto a acompanhá-la e sua muito dependente, de tal forma que a ausência temporária por parte dos donos implica nervosismo e irritação que pode resultar em estragos na mobília e objectos de casa. Além do mais o amiguinho é muito caseiro e pouco dado ao exterior preferindo, inclusivamente, deitar-se muito perto dos seus donos.
Tem uma energia enorme e é extremamente inteligente e precisa de atenção permanente o que implica uma grande disponibilidade de quem o trata para o exercitar física e psicologicamente.

***

Há coincidências que nos põem a moer a consciência. Porquê, pergunto eu?
Por estes dias tenho andado absorvido na leitura de uma obra dedicada a um dos maiores vultos da ciência do séc. XVIII/ XIX, o cientista, explorador, humanista e iluminista prussiano, Alexander von Humboldt, (1769-1859) de Andrea Wulf, intitulado "A Invenção da Natureza", de que vivamente recomendo. Este renomado cientista e pensador cuja existência infelizmente desconhecia e que agora descobri, nascido no mesmo ano de Napoleão Bonaparte, era originário de uma abastada família prussiana e viveu largas temporadas na pequena cidade de Weimar, capital do Estado situado no território do ducado de Saxe-Weimar, um pequeno Estado chefiado por um governante adepto do iluminismo.
Na ocasião, tornou-se grande amigo do maior poeta alemão, Johann Wolfgang von Goethe, que ali vivia. 
A extraordinária experiência de vida e o contributo que Humboldt deu para o conhecimento científico e a interligação da natureza dá pano para mangas e este livro é um permanente desassossego. 



Tudo isto para dizer que a coincidência que digo haver, é o simples facto de Humboldt ter vivido em Weimar e a digníssima criatura que me deu o prazer da sua companhia ter sido criada na mesma zona da Alemanha e apurada por criadores e caçadores do Séc. XIX, tendo-lhe sido dado o nome de:

WEIMAR(ANER) (III)

Weimaraner tem uma ficha técnica:

Grupo: 7 - cães ou cães apontadores
Secção do grupo: cães de parar continentais
País de origem: Alemanha
Data de origem: Séc. XVII
Primeira utilidade: caça, particularidade de perseguir rasto de caça grossa
Peso aproximado: 25-40 Kg
Altura aproximada: 57-60 cm
Cores: cinzento/cinzento e branco
Esperança média de vida: 13 anos

Descende do cão de caça Leithund, já extinto, representado na pintura de Antoon Van Dick, do séc. XVII. O desenvolvimento desta raça deu-se na Turíngia com o cruzamento entre o Leithund e o Huhnerhund, por criadores e caçadores. Mas o seu apuramento e do actual amiguinho meu da esplanada, deveu-se ao Grão-Duque da Saxe-Weimar - Eisenach, Karl August, conhecido pelo seu apoio aos intelectuais da época, nomeadamente Goethe e pela paixão por corridas de cavalos e pela caça desportiva juntamente com outro cinófilos. 
Tal facto levou a que Weimar, cidade natal de Karl August e de residência de Goethe e Humboldt, estivesse presente no nome desta raça que tanto pode ser chamada de Weimaraner como Braco de Weimar.
Actualmente, o Weimaraner, a que muitos apelidam de "o fantasma cinzento", é uma raça popular em todo o mundo, tendo, para isso, contribuído a sua elegância, graciosidade e indiscutível beleza.

Concluindo, há coincidências do caraças como diz o meu amigo João C. poeta de Valmedo, nada na vida é obra do acaso. Acredito que sim, em tudo há ligação e Humboldt provou-o.

João Andarilho 



WEIMARANER


Num passeio pedestre (pós degustação de uma bela galinha do campo acompanhada de um maravilhoso pirão de fuba de bombó, ou seja farinha de mandioca, produzida de forma artesanal na província de Malange e na Gabela, em Angola, minha terra natal), pelo areal da praia da Consolação situada na freguesia de Atouguia-da-Baleia, concelho de Peniche, distrito de Leiria, decidimos, numa breve pausa, sentarmos-nos numa das esplanadas que por lá se situam, para sorver uma "bica" e uns pozinhos de iodo. 
Bem dita a hora em que o fizemos porque, mesmo ao nosso lado, fazia-nos companhia uma espantosa criatura de quatro patas, orgulhosa pela sua elegância, altivez e nobre garbo, que nos encheu a alma. 

Própria autoria


O nobre amigo não era muito dado, mas era dócil. Compreendi que, estando preso, todo ele era nervosismo à procura pelo olhar, do seu ou seus donos que se mostravam no interior da esplanada. Todo o tempo passou fixando com o olhar na direcção dos mesmos.
Fiquei siderado com a beleza da criatura e com o apego aos donos.
A natureza estava ali, o mar as dunas e nós, animais com razão e/ou com falta dela.

João Naturalista

sábado, 9 de março de 2019




PEDRA ANGULAR


É uma pedra em formato de uma cunha, do género de um trapézio, que é colocada no centro de um arco e tem como função travar as duas forças contrárias exercidas pelos semi-arcos apoiados em colunas, de maneira a que os mesmos acabem por não desmoronar. 



Esta definição pode ser dada ao extraordinário papel que tem uma simples palmeira num deserto. É espantosa a quantidade de coisas que estão ligadas à existência de uma única planta. Os seus frutos atraem as aves, as folhas, em forma de leque, protegem do vento e o solo que é soprado pelo vento e que se acumula atrás dos troncos retém a humidade, abrigando insectos e vermes. Esta única árvore espalha vida no deserto e produz uma sensação de frescura. É, portanto, uma espécie essencial para o seu eco-sistema funcionando como uma autêntica pedra angular, o símbolo perfeito da natureza como um organismo vivo.

Daí também a expressão "um oásis no deserto" e onde os há, as palmeiras são as suas pedras angulares.

João Botânico

sexta-feira, 8 de março de 2019



METAMORFOSE


Todos nascemos originais e morremos cópias, dizia Carl Jung.

Há longos anos que tenho asco em ver as tvs e uma panóplia de canais que nos encharcam com muito ruído e muita manipulação.

Por uma questão de sanidade mental recuso-me a ser violado mentalmente. Sinto-me muito bem assim e recomendo.

Tento ser conforme a minha consciência e errar sempre que tiver de errar.

Vem isto a propósito das mentes alienadas com quem convivemos no dia a dia, sobrecarregadas com tanto vazio que é confrangedor e me dá pena.



Infelizmente parece ser difícil quebrar as grilhetas opressoras desta sociedade, mas não é impossível e isso também passa por uma reacção e mudança individuais, para não morrermos cópias.

João Kafka

quinta-feira, 7 de março de 2019




Bogdan Dide

Artista plástico ucraniano, Bogdam Didenko, nasceu em 9 de Setembro de 1983 na cidade de Poltava, actualmente com atelier montado em Corroios.
Desde a infância que se interessou pelo desenho e aos 10 anos pela pintura clássica, fazendo cópias de grandes artistas tais como, Aivazovsky, Shishkin ou Polenov.
Aos 15 anos, participou pela primeira vez no concurso de arte de cartazes políticos em que o tema era a "democracia", realizado entre as escolas de arte e  estúdios, onde foi premiado com o segundo lugar.
Através dos conhecimentos adquiridos no aprendizado com o seu professor e mentor, Aksenov A.A., aprendeu a dominar géneros clássicos da pintura, tais como o retrato, paisagem e natureza morta.
*
Ontem conheci-o pessoalmente a este magnífico fazedor de arte em plena sala onde se mostra exposta  alguma da sua pintura a óleo, que decorre no edifício da DGAJ (Direcção-Geral da Administração da Justiça) em Lisboa, no Campus da Justiça até 12 de Março. 



Pessoa extraordinária de simplicidade, falámos sobre a técnica de pintura que aplicava na sua obra, deixando entender que o imaginário lhe sai naturalmente transpondo-o para a tela  e aí aplicando essa técnica que já domina.

Das telas expostas é difícil não gostar de todas, mas há sempre algumas que acabam por se destacar e tocar-nos de uma forma especial, como é o caso de "Fenix", ou "Lord of the Jungle". 

Fenix

Exposição deslumbrante que vale a pena ser visitada.

João Pastel

terça-feira, 5 de março de 2019




OLISSIPUS


Em dia de Carnaval, nada melhor do que ir passear por esta maravilhosa cidade de Lisboa e conhecer alguns dos seus magníficos miradouros. O tempo e a temperatura estavam óptimos, nada de frio, muito nublado e com chuviscos à mistura.

Saídos na Baixa Pombalina subimos pela Rua da Sé, passando pela Sé em direcção ao primeiro miradouro, o de Santa Luzia e de seguida ao das Portas do Sol, ambos com vistas magníficas sobre o casario de Alfama e o manto de água do Tejo, com o seu renovado porto de cruzeiros.









De seguida, metemo-nos pela Rua das Escolas Gerais abaixo em direcção ao próximo miradouro, o de Santo Estêvão, junto ao largo e igreja com o mesmo nome. Breve visão de todo o enquadramento e ala até ao próximo. 



 
De permeio cruzamo-nos com a Igreja de Santa Engrácia, mais conhecida por Panteão Nacional, cuja construção terá demorado a bagatela de duzentos anos. 






Logo ao lado e porque é terça-feira, passámos na feira da ladra que nem por isso estava muito concorrida. 



O passo seguinte era o Miradouro da Graça, mas antes detivemo-nos na Igreja de São Vicente para espreitar o seu imponente altar e no caminho atravessámos o Arco Grande de Cima onde pudemos observar parte da Muralha Fernandina.



 Junto ao largo da Graça (actualmente designado com o nome da escritora Sophia de Mello Breyner), debruçamo-nos, então, sobre o Miradouro com o mesmo nome abarcando uma paisagem deslumbrante do centro da cidade, que vai desde o Castelo de Lisboa, ao Bairro do Castelo, Martim Moniz, Praça da Figueira, o Tejo e a Ponte 25 de Abril e, mais à direita, a Praça dos Restauradores, a Avenida da Liberdade, a Praça Marquês de Pombal o Parque Eduardo VII, Amoreiras  e tudo o mais que a vista alcança. Fantástico! 


Dali até ao Miradouro de Nossa Senhora do Monte foi um pulinho muito embora a paisagem seja a mesma do miradouro antecedente.

Descemos a Penha de França até ao Campo Mártires da Pátria e daí até ao Jardim do Torel com o respectivo miradouro e que é pouco conhecido.

Resolvemos então ir até à outra colina, em direcção ao Bairro Alto e para tal, atravessando a Avenida da Liberdade, subimos a Calçada da Glória desembocando no magnífico Miradouro de São Pedro de Alcântara, com outra vista deslumbrante do Centro da Cidade. 


Bairro Alto adentro, passando pelo Tribunal Constitucional fomos em direcção ao último Miradouro, o de Santa Catarina, que abarcava toda uma linha do Tejo, sombreira ao Cais do Sodré. Neste último percurso fomos abençoados por uma valente carga de água, com forte ventania à mistura. 






Por fim, descemos até ao Largo de Luís de Camões em direcção ao Chiado e daí terminámos o passeio bem no meio da grandiosa Praça do Comércio.


Foram cerca de dez quilómetros e um dia bem passado na nossa bela capital. 

Para terminar e como a vontade de comer já se manifestava, resolvemos ir a uma pequena cafeteira pastelaria  na Rua onde passa o 28, de nome "Estrela da Baixa", onde degustámos um excelente prato de Bacalhau à Minhota.


Assim se passou mais um glorioso dia de Carnaval. Siga o corso.

João Alfacinha

  SÃO JOÃO   "23.6 À meia noite de hoje (ontem) acendem-se os fogos. A multidão reúne-se em redor das altas fogueiras. Nesta noite limp...